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Condomínios Horizontais - Local e padrão da obra.

Fatores são os principais responsáveis pela valorização de lote ou casa em condomínio em Ribeirão Preto. Localização e padrão da obra são os principais fatores responsáveis pela valorização de um condomínio fechado, de acordo com especialistas da área imobiliária.

Em Ribeirão Preto, dois condomínios se destacam por possuírem os terrenos mais caros da cidade. No Carmel Condo Park, o metro quadrado está avaliado a R$ 800, sendo que o lote é de 987,50 m². As casas, de acordo com corretores, chegam a valer R$ 3 milhões, sendo que 90% do condomínio já está ocupado. Em frente a ele, o Condomínio Monterrey chega a oferecer o metro quadrado a R$ 1.000, considerado o mais caro de Ribeirão Preto. Lá, a área construída é de 95% do total.

Instalados na Avenida João Fiúsa, os condomínios integram uma das áreas mais valorizadas da cidade. O primeiro empreendimento no local, que pertencia às irmãs ursulinas, foi o Colégio Santa Úrsula. A área no entorno da avenida foi loteada pelo grupo GDU - Grupo de Desenvolvimento Urbano, que implantou a infra-estrutura.

Um dos primeiros moradores do Monterrey Condo Park, o empresário Flávio Epaminondas de Almeida, mora no local há oito anos e afirma que escolheu o empreendimento por causa da localização. Almeida afirma ter pago, na época. US$ 70 mil pelo terreno - diretamente para as irmãs ursulinas -, e investido mais US$ 200 mil na construção da casa. "Não queria pegar a estrada para ir até o centro da cidade e por isso escolhemos o Monterrey, que está em uma área privilegiada dentro da cidade". Hoje, ele mora somente com a esposa e paga R$ 650 de taxa de condomínio. Apesar de sentir o sobrado de 400 m² e com quatro suítes grande demais para duas pessoas, o empresário diz que não pretende sair de lá, mesmo já tendo pensado no assunto. "Aqui temos toda tranqüilidade e segurança, os moradores são todos de uma faixa etária mais velha e tem todo o controle de entrada de pessoas".

Valorização

O que se vê atualmente no mercado imobiliário é uma constante valorização de imóveis e, apesar do alto valor de casas e terrenos, atrai cada vez mais investidores. O que ocorre também é que muitas construtoras ou incorporadoras apresentam lançamentos já com o preço inflacionado.

Para o arquiteto especialista em urbanismo e empreendedor, Silvio Contart, os valores inflacionados de empreendimentos recém lançados devem-se a fatores como o alto valor pago pela construtora em infra-estrutura, segurança e diferenciais. "As pessoas procuram mais segurança e as construtoras têm de se adequar à essa exigência, sendo que os equipamentos são bastante dispendiosos. Além disso, as obras precisam respeitar às exigências municipais de preservação de área verde, o que encarece o empreendimento", explica.

Com essa valorização das obras em lançamento, o mercado imobiliário também é inflacionado como um todo, sendo empurrado pelas tendências econômicas. "Os investidores passam a pedir preços altos também e acabam lucrando com isso", diz, ressaltando que o sucesso do empreendimento também é responsável pelo aumento dos valores.

Um caso de sucesso que alavancou os valores são os condomínios Milano e Verona, lançados pela Stéfani Nogueira, localizados no Jardim Canadá. Lançados no ano passado, os condomínios tiveram 95% das suas unidades vendidas em dois meses. Em um ano o metro quadrado do Milano passou de R$ 280 R$ 315 (+13%). Já o metro quadrado do Verona passou de R$ 282 para R$ 300 (+6%).

Segundo Leonardo Panício Damando, coordenador de planejamento da Stéfani Nogueira, o sucesso deve-se, principalmente à valorização do local onde os condomínios estão instalados. "Depois ainda há um completo sistema de segurança e características únicas no projeto urbanístico", diz, ressaltando que estas são as principais exigências dos compradores.



FRANCINE MICHELI
Especial para a Gazeta de Ribeirão - 30/09/06

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