O número é corroborado pela Aabic (associação de administradoras de São
Paulo).
Folha de pessoal, conta de água e manutenção mensal de elevadores são as
despesas que mais pesam, mas algumas medidas no cotidiano do prédio impedem que
fiquem maiores.
Evite horas extras e mantenha um rigoroso controle do consumo de água, para
detectar rapidamente vazamentos.
É bom lembrar que os coeficientes de tarifação de água variam. "No verão,
como o consumo é maior, pode ser que mude a faixa de tarifação, e a conta fique
bem acima da média do prédio", alerta Rodrigo Matias, diretor da Matias Imóveis.
Uma boa chance de conter gastos está na negociação de contratos com
prestadores de serviço. O seguro predial é um dos itens que têm grande variação
de preço, aponta o síndico Sergio Teixeira Rodrigues.
Engenheiro aposentado, Rodrigues conta que se reúne com cada empresa para
discutir preços e condições de contrato e, assim, poder barganhar.
Já o síndico Carlos Teske diz que, por meio de negociação, renovou o contrato
de manutenção do elevador sem reajustes em dois anos consecutivos.
Sua dica é ser firme, "já que é do interesse da empresa continuar prestando o
serviço".
Teske aplica suas competências de vendedor e de técnico mecânico para evitar
que prestadores e fornecedores superfaturem material de construção ou executem
serviços desnecessários, como trocar peças ainda em bom estado.
"Faço cotação de preços do material necessário, para comparar com os que as
empresas oferecem", ensina.
Uma variável que não pode ser esquecida no planejamento é a inadimplência.
"Costuma estar entre 10% e 20%, valor que precisa ser rateado entre os demais
condôminos", diz Alexandre Ximenes, diretor da administradora Itambé.
E, para não terminar o ano com rateio extra, desde já é importante incluir na
mensalidade os valores de 13º salário e férias dos empregados do prédio.
"Diluindo essas despesas, evita-se uma mensalidade excessiva em novembro e
dezembro", afirma Ana Paula Pellegrino, diretora da Adbens.
Folha Online - 20/01/08