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Antes de fechar negócio, visite o imóvel na companhia de um profissional

Para aproveitar da melhor maneira a compra de imóveis e fazer um bom negócio no 6º Feirão da Casa Própria (leia mais aqui), evento promovido pela Caixa Econômica Federal, o interessado deve prestar atenção a alguns detalhes que, mais tarde, poderão resultar numa grande dor de cabeça.


Afinal, pode ser um transtorno morar em uma rua na qual ocorra semanalmente uma feira livre. Também não vale à pena escolher um imóvel numa região de tráfego intenso ou ainda cheia de bares, a menos que você goste muito de baladas. Fuja de locais propensos a enchentes e com segurança deficitária.


Assim, antes de tomar qualquer decisão com relação à compra de sua nova residência, pesquise bem. Visite várias vezes o local e o imóvel, em horários diferentes. Converse com vizinhos, confira se há escolas, padarias, supermercados, farmácias a menos de dez minutos do local. O conselho é de Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio de São Paulo (Embraesp), que também dá dicas para quem pretende adquirir uma casa ou um apartamento usado.


“Manchas no teto geralmente indicam infiltração causadas por canos quebrados ou problemas com calhas e telhas. Observe a fiação e a rede hidráulica”, aconselha o especialista.


Para Fábio Villas Boas, diretor-técnico da Tecnisa, o apoio de um profissional capacitado para acompanhar a inspeção da moradia desejada pode custar menos do que consertar depois. “É comum o comprador de um bem usado ? qualquer que seja o seu padrão ? não incluir em seu planejamento a reforma. Assim começa o transtorno”, alerta ele.


Ao realizar pequenos reparos, o novo proprietário quase sempre se depara com mais problemas do que imaginava. Quando se troca uma torneira, por exemplo, pode ser que haja um cano furado que precise ser substituído. A essa altura a parede também vai precisar de uma ajeitada, massa, pintura e assim vai.


“O custo da reforma que supostamente ficaria em R$ 10 mil pode acabar custando R$ 20 mil”, afirma Villas Boas.


O executivo admite ainda ser comum a contratação de mão de obra não especializada, e de pedreiros que abandonam a empreitada antes de seu término.


DE OLHO NA LEI -  Segundo Villas Boas, teoricamente a prefeitura deve autorizar qualquer reparo. “Até mesmo a repintura de uma casa ou qualquer mudança interna de um apartamento. Para isso, o órgão responsável pela região emite um alvará de pequenas reformas que é obtido com rapidez.”


Mas, na prática, não é assim que funciona. Afinal, quem é que pede autorização para pintar a casa, mudar um cômodo ou construir uma churrasqueira?


Então, cuidado com aquele vizinho “abelhudo”. Ele pode denunciá-lo à fiscalização, e você poderá ser multado. Está na lei.


Também é corriqueiro o morador de um apartamento fazer reformas e contratar uma caçamba para descarte de entulho. “Esta é uma dica que nenhum fiscal perde, principalmente se ele mora perto de sua casa. Dependendo do que está sendo alterado no local, sem autorização prévia da prefeitura, a obra pode muito bem até mesmo vir a ser embargada”, adverte Villas Boas.


Jornal da Tarde - 10/05/10


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