|
Outras notícias

Cidades da Baixada apresentam particularidades no mercado imobiliário

Cada cidade na região da Baixada Santista apresenta particularidades no seu perfil de mercado imobiliário.


"Santos é bastante urbanizada e recebe mais lançamentos voltados para classe média e classe média alta, com dois ou três dormitórios e muitos condomínios-clube", especifica Domingos Nini de Oliveira, diretor do Secovi-SP (sindicato de administradoras e imobiliárias) na Baixada Santista.


A expectativa de Bechara Abdalla Neves, secretário de Planejamento do município, é que só a Petrobras leve 6.000 trabalhadores para morar na cidade. "Isso deve gerar mais 20 mil empregos indiretos. É preciso infraestutura para receber essas pessoas".


O município está revisando seu Plano Diretor. "Antes, Santos era interessante por causa do porto e do turismo, mas, com a possibilidade de explorar energia, teremos que pensar muito bem o uso do solo da cidade", arremata.


Na Praia Grande, além de "empreendimentos também voltados para a classe média", há alternativas "mais compactas e econômicas", observa Oliveira, do Secovi-SP. "O interessante é que um bairro periférico ali fica a 1,5 km da praia".


No Guarujá, ele aponta lançamentos de dois ou de três dormitórios para veraneio como as principais opções.


"Em geral, a escolha é por imóveis que não estejam muito longe da praia", caracteriza.

"O Guarujá ainda é muito voltado para turistas, a maioria das unidades vendidas lá é para segundo imóvel", diferencia Feliciano Giachetta, da FGi Negócios Imobiliários.


Já São Vicente é uma aposta de crescimento. "Lá, a verticalização ainda não é muito forte", explica o diretor do Secovi-SP.


"A cidade ficou muito tempo sem lançamentos. Ali há demanda por unidades compactas, com plantas atualizadas e vagas de garagem, que os prédios mais antigos não oferecem", argumenta Gil Vasconcelos, superintendente de incorporação da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário.


Naquele município, as unidades da empresa possuem de 50 m2 a 85 m2 e custam de R$ 160 mil a R$ 280 mil.


Ponta da Praia


Em se tratando dessas quatro cidades, nenhuma região mudou mais do que a Ponta da Praia, em Santos. Divisa com o Guarujá, o bairro, que antes abrigava galpões e dispunha de terrenos livres, hoje dá espaço a condomínios-clube.


"A Ponta da Praia era um local menos nobre do que hoje, mas que, com os bons lançamentos, está se consolidando", afirma Paola Alambert, diretora da Abyara Brokers.


A área também recebe lançamento da Rossi. "É um empreendimento de alto padrão, com vista para o canal. É opção de moradia para o público da região", explica Klausner Monteiro, diretor da empresa. As unidades têm 189 m2 e são vendidas a R$ 800 mil.


MARIANA DESIMONE


0
|
0