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Rua Niterói atrai moradores e negócios

Localidade, no bairro Lagoinha, ganhará mais de dois mil moradores nos próximos três anos.

Os novos moradores do entorno da Rua Niterói, na zona Leste de Ribeirão Preto, praticamente vão quadruplicar até 2013.


O perfil de quem chega à região é formado por novos casais que ocupam o primeiro apartamento, geralmente com emprego e consumidores potenciais de produtos e serviços.


O número de novos moradores em três quarteirões da Niterói, de 732, passará para 3,3 mil em três anos, com a entrega de novos imóveis.


Fora os antigos moradores do Jardim Europa concentrados nos quarteirões e os que moram nas imediações.


Seguramente, o bairro tem mais de 100 estabelecimentos comerciais, mas com os novos e futuros moradores vai exigir ampliação do leque e novas opções em consumo.


Como a região é nova, a oferta de serviços e produtos fica distante para quem trabalha e quer comodidade perto do lugar onde mora.


Estrategicamente, a região depende da avenida Castelo Branco, onde ficam unidades de grandes supermercados, postos de gasolina, agências bancárias, casas lotéricas e grandes serviços.


A avenida Castelo Branco fica distante cerca de 700 metros do local.


Os moradores reclamam, além da sinalização deficiente, da falta de opções para compras do dia a dia, lazer, entretenimento e locais que funcionam nas 24h para serviços.


De olho nesse novo consumidor, os investidores enxergam lucros e apostam em novos nichos.


É o caso de Iara Elisabete da Cunha Garofalo, 50, uma administradora de empresas aposentada, ex-aluna de um curso de artesanato que fica no bairro e que decidiu comprar e tocar o negócio faz três meses.


Ela mudou o espaço, colocou peças de artesanato, tapeçaria, redes e objetos de decoração para vender e continuou com o curso.


"Comprei objetos de lojas que estavam fechando, mudei o visual e quero lucrar com o que o bairro tem a oferecer", diz.




Potencial


Para Marcelo Bosi Rodrigues, economista do Sincovarp, o sindicato que representa o varejo em Ribeirão Preto, bairros que surgem, também na zona Leste, têm um grande potencial de crescimento.


"O comércio varejista ganha com novos nichos e, quanto mais o dinheiro circula, mais se garante uma economia aquecida", analisa.




Novos imóveis


A MRV entregou 366 de um total de 392 unidades do empreendimento Regale, localizado na região. Todas estão prontas, mas com pendências dos clientes com financiamento.


De acordo com a assessoria da empresa, 656 unidades do Recanto Lagoinha, em fase de construção, serão entregues até agosto de 2012.


O Vida Plena Ribeirão, com 720 unidades, entregará três torres em 2011 e outras três em meados de 2012, e o Viva Bem Ribeirão, num total de 292 apartamentos, entrega as chaves no início de 2013.




Investidores querem dobrar o faturamento


O casal de empresários Adenilson de Lima, 55 anos, e Emirene Ortega de Lima, 46 anos, tem o perfil exato dos empreendedores de visão, que enxergam na zona Leste um filão.


Na última quarta-feira (5), os dois compraram uma padaria que fica em frente aos novos empreendimentos da rua Niterói e querem faturar alto no futuro.


"Essa região tem um potencial de crescimento imobiliário enorme. Fizemos uma pesquisa antes e achamos que aqui é ideal para investir", diz Adenilson.


A projeção dos dois é otimista. Os investidores têm uma padaria no bairro Ipiranga há três anos e abrem a segunda unidade agora no espaço de 70 metros quadrados em um prédio alugado.


A ideia é ampliar o mix de produtos, repaginar e ampliar a parte superior e prorrogar o horário de funcionamento aos domingos das 14h para as 21h.


Os dois querem dobrar o faturamento bruto dos atuais R$ 100 mil para R$ 200 mil.


"Aplicaremos R$ 50 mil de imediato, mas acabamos de assumir o negócio e vamos investir aos poucos, inclusive saber se manteremos ou ampliaremos os atuais 16 funcionários", complementou Emirene.

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