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Prédios feitos sob encomenda.










Valeska Mateus



foto: WEBER SIAN
O termo “built to suit” designa a construção de imóveis sob encomenda, uma prática que ganha adeptos também entre as empresas de Ribeirão Preto e da região. A rede de supermercados Gimenes tem hoje 100% das suas lojas locadas neste tipo de sistema. “Aquilo que investiríamos num imóvel, passamos a investir em equipamentos e em produtos. Com esta verba preenchemos espaços nas cidades de atuação”, analisa José Sarrassini, presidente executivo da rede, com sede em Sertãozinho.
A primeira loja da rede neste sistema foi em 2002. Desde então a empresa decidiu trabalhar só com locação. Sarrassini comenta que o sistema é viável e interessante para o comércio varejista, já que há a possibilidade de capitalização na própria área. “É uma estratégia de crescimento rápido. O capital não fica imobilizado em prédios. Significa um volume de lojas maior, em menor espaço de tempo”, afirma Sarrassini.
Ele comenta que este tipo de construção é específico e, por conta disso, mais viável do que adequar um prédio pronto. Tanto em custo, quanto em tempo. A obra é feita atendendo as normas operacionais e burocráticas. Ou seja, adequada às necessidades da empresa. “Definimos o estudo de viabilidade da loja. O projeto fica personalizado, de acordo com o padrão da nossa rede”, comenta Sarrassini.
A rede de varejo Magazine Luiza, com sede em Franca, começou a usar o sistema há oito anos. A companhia optou por imóveis encomendados por ser mais vantajoso do que ter o próprio imóvel.
“Desta forma ganhamos velocidade na obra e podemos direcionar as energias e os recursos da empresa para o nosso objetivo principal, que é o comércio varejista”, afirma Edson Nogueira Silva, diretor de Expansão do Magazine Luiza.
Segundo ele, a principal vantagem é a participação ativa nas definições da obra. “Decidimos desde a planta a até detalhes finais de acabamento. Outro benefício é ter uma obra direcionada às nossas peculiaridades operacionais, com localização previamente definida”, conclui Silva. Assim como a rede de supermercados, o Magazine negocia a obra tanto com uma construtora ou diretamente com o investidor.
Em média a obra é entregue em seis meses e os contratos de locação são de longo prazo, de 5, 10 ou 20 anos. A obra pode ser fechada entre a empresa e o investidor. Em algumas situações a construção é intermediada por uma imobiliária ou construtora.

TENDÊNCIA
Sistema cresce há três anos

Segundo João Paulo Fortes Guimarães, diretor de imobiliária que faz a interface entre a empresa interessada no “built to suit” e o investidor, o sistema é praticado de maneira mais efetiva na região há cerca de três anos. Geralmente são empresas grandes que contratam este serviço.
“O valor investido nessas construções parte de R$ 250 mil”, afirma Guimarães.
Já o valor do aluguel do aluguel é negociado entre as partes. Mas geralmente fica em torno de 1% ao mês do valor de mercado do imóvel.
Em alguns casos o aluguel é um percentual sobre as vendas da loja ocorridas no mês, de 1% a 1,2%.

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