Três anos após ser anunciado, centro para aproveitar produção da USP deve ter obra iniciada.
Depois de cerca de três anos do anúncio da construção do Parque Tecnológico de Ribeirão Preto, o projeto deve finalmente sair do papel. De acordo com o Departamento de Desenvolvimento Sócio Econômico (DDSE) da Secretaria Municipal de Planejamento (SMP), é possível que ainda neste mês seja assinado o convênio entre as três partes para o início da primeira etapa das obras. Agora, tudo depende do acerto de datas entre prefeita, governador e representantes da USP.
O argumento para a demora é que Prefeitura, Estado e USP, dona da área de 300 mil metros quadrados ao lado do bairro Paulo Gomes Romeu, onde será o Parque, não conseguiam se entender. “Houve um longo processo de negociações, mas agora está tudo certo”, disse o diretor do DDSE, Renato Pires da Silva Filho. Segundo ele, a assinatura deve ocorrer quando o reitor da USP e o governador de São Paulo vierem a Ribeirão inaugurar um novo prédio da universidade. O governador esteve essa semana na cidade.
O Estado ficará responsável por liberar R$ 4 milhões para as obras, a USP R$ 2 milhões para mão de obra e infraestrutura dentro do campus e a Prefeitura, R$ 1,8 milhão para infraestrutura do entorno. “Podíamos ter conseguido mais, a burocracia e a demora no acordo fez com que perdêssemos dinheiro”, afirmou o diretor da Fundação Instituto Pólo Avançado de Saúde de Ribeirão (Fipase), João Santana da Silva.
Os R$ 7,8 milhões da primeira etapa das obras serão investidos na construção de um prédio de dois mil metros quadrados. O local vai abrigar a gestão do Parque, a primeira parte do Laboratório de Equipamentos Médicos e Hospitalares e a Incubadora de Empresas de base Tecnológica (Supera), que já funciona provisoriamente na USP.
Para Silva, a criação do Parque vai possibilitar a criação de uma cadeia produtiva no ramo de biotecnologia e tecnologia voltada para saúde. “Temos a universidade, que estuda e faz a teoria. Agora teremos empresas interessadas em investir nesses estudos e criar inovações”, disse Silva. (Renato Vital)