Valeska Mateus
A partir de junho o Banco do Brasil passa a oferecer crédito imobiliário voltado, principalmente, para a classe média. A instituição terá R$ 2 milhões para financiamentos imobiliários voltado a este público. As condições são próximas às existentes hoje no mercado, mas o banco entra na concorrência com diferenciais para atrair os clientes.
A pessoa terá uma carência de até seis meses para começar a pagar o financiamento. Mas durante esse período terá de arcar com os custos dos juros e seguro obrigatório.
Outra característica será a opção de escolher um mês do ano para pular o pagamento da parcela, ou seja, serão somente 11 prestações no ano.
Mas nesse período a pessoa deverá arcar com os custos das tarifas de juros e dos seguros obrigatórios. Tanto no mês de isenção quanto na carência, o benefício só vale para a dívida principal (amortização do valor do imóvel).
“O mercado financeiro é muito dinâmico e demanda que as instituições busquem inovações, gerando atrativos. Esses diferenciais vão permitir mais adequação às finanças pessoais, como no início do ano, período em que as pessoas possuem mais contas a pagar”, comenta o gerente regional, Fábio Euzébio.
O banco terá duas linhas pelo Sistema Financeiro de Habitação, com recursos da poupança e carta de crédito FGTS. Em ambas o prazo máximo de pagamento será de 20 anos e o limite de financiamento 80% do valor do imóvel.
“Os recursos da poupança nos possibilitam trabalhar com taxas mais baixas e ampliar o atendimento às classes média e de menor renda. Isso vai permitir atender a uma necessidade dos nossos clientes e a uma demanda do país”, afirma.
Para o economista e professor das Faculdades COC, Jair Casquel Júnior, as novas linhas representam um aumento da disputa pela capacidade de pagamento do comprador.
“Pode gerar uma reação dos concorrentes, positiva para os consumidores, dependendo da demanda dos bancos. Em termos prático pode significar uma redução no custo do financiamento”, conclui.