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Aumenta a participação dos usados.

O volume de créditos da poupança para o segmento passou de 25% para 33% no primeiro trimestre deste ano. Mercado espera que até o final de 2006, metade dos R$ 8 bilhões de financiamentos previstos vá para os usados A participação dos imóveis usados nos financiamentos via SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) aumentou de 25% para 33% no primeiro trimestre deste ano. De acordo com o diretor executivo do Secovi-SP, Celso Luiz Petrucci, em 2005, 75% dos recursos do SBPE foram aplicados na compra de imóveis novos, mas os primeiros meses de 2006 estão registrando um ligeiro aumento no investimento nos usados. A expectativa é de que o fluxo de créditos para o segmento cresça ainda mais ao longo deste ano.
Petrucci acrescentou que em 2005 as aplicações de recursos da caderneta de poupança no mercado imobiliário atingiram R$ 4,8 bilhões. A expectativa do Secovi-SP é que para este ano seja aplicado em torno de R$ 8 bilhões. Esta expectativa é baseada nas aplicações dos primeiros dois meses de 2006, que já atingem quase R$ 1 bilhão. “A previsão é a de que destes R$ 8 bilhões, a metade seja destinada à construção e a outra metade para aquisição de imóveis usados.


Política financeira


O presidente nacional da ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação), Amauri Bellini, acredita que o aumento de investimentos é relativo, pois a linha de financiamentos concedida pelos agentes financeiros atinge uma fatia muito baixa do mercado. Segundo ele, os imóveis usados têm custos menores e por este motivo houve direcionamento para determinada classe de compradores. “Financiamento de imóveis pela Caixa Econômica Federal ou os revendidos em feirões, são os mais acessíveis”, observa.


Bellini ressaltou que o comprador deixou de procurar o financiamento, porque a longo prazo ele se torna de risco, devido aos juros, à correção monetária e à falta de atrelamento com a política econômica salarial. “No ato da compra o salário é compatível com o valor da prestação, mas depois o mutuário fica com a corda no pescoço”. O presidente da ABMH disse ainda que parte da população está optando pela aquisição de terrenos ou à participação em cooperativas e consórcios, além do financiamento direto com a construtora. Para ele, se o governo alterar a política financeira empregada no sistema financeiro habitacional, por intermédio de uma nova regra de financiamento o cenário pode mudar ainda mais.


Já para as pessoas que pretendem adquirir a casa própria, ele alerta que é necessário muita pesquisa, cautela e atenção como solicitar do vendedor certidões negativas, fiscais e criminais e outras do imóvel desejado, além de dar atenção redobrada ao registro do bem. “O comprador não pode esquecer de registrar o imóvel adquirido”, lembra Bellini. (LM)

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