foto: MATHEUS URENHA Em 1996 a avenida João Fiúza começava a se desenvolver e a se transformar em um novo pólo de concentração de edifícios residenciais. Hoje, é uma das zonas mais nobres da cidade e já abriga 22 empreendimentos. Uma década depois, nestes mesmos parâmetros de crescimento planejado, outros loteamentos e empreendimentos, a exemplo do Nova Aliança e do Jardim Botânico, estão surgindo e transformando a paisagem urbana da zona sul de Ribeirão Preto. Um novo empreendimento foi apresentado na última quarta-feira, dia 30, à Prefeitura de Ribeirão Preto: o projeto do bairro Jardim Fazenda Olhos D’Água, entre Ribeirão Preto e Bonfim Paulista. O ‘bairro’ nascerá na área de 940 mil metros quadrados em torno da sede da antiga fazenda de cana-de-açúcar que leva o mesmo nome. Numa região que já possui vários condomínios residenciais. No local serão construídos condomínios residenciais, edifícios altos de uso misto e um parque público de 120 mil metros quadrados que tangencia a Fiúza. “O parque será um ponto turístico da cidade. Estamos fazendo um bairro de alta qualidade urbanística e de vida”, define Paulo Tadeu Rivalta de Barros, um dos diretores do Grupo de Desenvolvimento Urbano (GDU), empreendedor do projeto. A valorização das áreas verdes, grande diferencial desse projeto, tem sido uma preocupação constante dos novos empreendimentos, principalmente na zona sul. O planejamento foi estruturado para que futuramente, quando houver uma futura expansão da urbanização da fazenda outros parques sejam criados. “A cobrança é cada vez maior por parte do poder público e dos clientes. Muitos empreendedores já criam áreas superiores ao percentual exigido por Lei”, informa o diretor do departamento de Obras Particulares da prefeitura, Marco Túlio. O empreendimento está em fase de aprovação na Prefeitura Municipal. “Acredito que devemos começar o loteamento daqui a cerca de um ano”, avalia o arquiteto Sílvio Contart. Para o arquiteto, o bairro deverá se tornar o centro daquela região, já que mescla uso comercial e residencial. “Tudo dentro das novas premissas de preservação ambiental e sustentabilidade”, informa. O estudo do Raram - Relatório de Análise de Risco Ambiental que a legislação municipal exige para projetos deste porte está sendo analisado na Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental. Na primeira fase serão investidos R$ 100 milhões. Mas o projeto total, que deve levar até 10 anos para ser concluído, prevê um investimento na casa de R$ 1 bilhão. Segundo Barros, a construção e manutenção do novo bairro vão gerar muita receita para o município em termos de impostos, como IPTU e ISS, além da geração de empregos. Uso misto O novo bairro será de uso misto e prevê inicialmente a construção de quatro condomínios residenciais, com 440 lotes de 500 a 1000 metros quadrados. Na principal avenida, que ligará a futura Fiúza ao acesso Ribeirão Preto/Bonfim, 26 terrenos serão destinados à construção de edifícios altos, com 108 metros de vão entres as torres. “Os terrenos da Fiúza que estão se esgotando ocuparam estes espaços a partir de 2010”, ressalta o diretor.
Empreendimento vai atrair investidores Para o diretor de imobiliária Roberto Alves Corrêa, a construção do bairro vai fomentar negócios e surge em um momento ideal, em que o cenário está favorável. “Houve um aquecimento do mercado por conta da oferta de crédito que será ainda mais favorecido com esse novo empreendimento. Ele corresponde às expectativas do público”, avalia. Para Barros que ainda está avaliando parcerias, o Jardim Fazenda Olhos D’Água vai atrair investidores. “O mercado imobiliário vai crescer e amadurecer com isso”, declara. Na opinião de outro diretor de imobiliária, João Paulo Fortes Guimarães, o novo bairro vai dar continuidade aos negócios gerados com o surgimento do eixo Fiúza. “É uma seqüência natural. A cidade está chegando junto. Aquela região é o objeto de desejo imobiliário das pessoas”, comenta. Ainda para Guimarães o mix de uso do projeto vai valorizar os empreendimentos já existentes no entorno. |