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Ainda dá tempo.









Carla Monique Bigatto

foto: Weber Sian/A CIDADE
O planejamento de aluguel de imóvel no litoral normalmente começa alguns meses antes das comemorações de final de ano, no mês de outubro. Mas sempre há aqueles que deixam para buscar esses imóveis já durante o mês de dezembro.
São menos opções, mas ainda há imóveis no litoral disponíveis para locação no reveillon, data festiva de maior demanda. A maior parte dos imóveis disponíveis fica no litoral centro e sul, em cidades como Santos e Guarujá. Nesses locais os preços são menores. Dona Oneide Vieira de Melo, que mora em Ribeirão Preto, aluga seu apartamento somente para festas de final de ano e feriados. A menos de um mês do Natal ainda não fechou negócio com nenhum locador, mas segundo ela, “interessado é o que não falta”.
Ela levanta uma questão fundamental na hora de alugar um apartamento para temporada: a negociação. Oneide diz que ainda não alugou seu imóvel porque não chegou a acordo razoável com quem pleiteia o apartamento. “Prefiro alugar por mais tempo, por um preço menor que alugar por menos tempo para mais pessoas”, explica.
Tempo e feriado
Outro locador de imóvel no litoral, José Roberto Correa, mora em Campinas e anuncia suas cinco casas no litoral paulista em classificados de diversas cidades como Ribeirão, Piracicaba e Limeira. Ele explica que 2005 teve agravantes que frearam levemente a locação desses imóveis por quem mora no interior.
O primeiro agravante foi a mudança climática; geralmente a época de calor começa em novembro. “Esse ano estamos em pleno mês de dezembro e tem feito frio. As pessoas não se animam”, afirma. Mesmo assim Correa insiste de que a previsão para o final do ano é de muito calor, “quem alugar não irá se arrepender”.
O outro agravante é o dia em que o feriado cai: domingo. Sem emendas, a última semana do ano não atrai tanto quanto a de outros anos. “Esse ano o período mais forte para locação foi o feriado de 15 de Novembro”, diz José Roberto, já se preparando para o Dia do Trabalho de 2006.
Mesmo caracterizado como ano com menos locações, não sobrou muito imóvel. José Roberto tem apenas uma casa disponível para o reveillon. “Quem quer viajar precisa se apressar”, alerta.

DICAS
Como fazer uma locação segura

Alugar por um preço menor nem sempre significa fazer o melhor negócio, muito menos o negócio mais seguro. Muitas pessoas já foram vítimas de estelionatários que se valem da boa-fé geral para ‘alugar’ imóveis que não lhes pertencem nem nunca viram. Seguir procedimentos simples pode evitar surpresas desagradáveis no período que deveria ser de descanso.

Corretor de confiança
Proprietário e inquilino devem procurar um corretor de confiança com quem já tenham mantido algum contato. Caso o negócio seja feito diretamente com o proprietário buscar referências do negociador e do imóvel com conhecidos ajuda na prevenção de possíveis enganos ou mesmo calotes.

Visita ao imóvel
É interessante visitar o imóvel antes de fechar o negócio sempre que possível. A visita permite saber qual é o estado real do imóvel, as características da vizinhança, qual a distância exata do imóvel até a praia, além das condições dos equipamentos domésticos.

Contrato
Uma providência importante é fazer um contrato para o aluguel do imóvel, mesmo que a locação dure uma semana. Neste contrato devem constar as datas de entrada e saída do inquilino, o valor, a forma de pagamento, eventuais multas para os casos de atraso ou depredação e até o número de pessoas que vão ficar no imóvel. Do contrato também deve constar o número de copos, talheres, pratos, panelas e outros utensílios que estejam à disposição do inquilino na casa ou apartamento. Na data da entrada do inquilino no imóvel, deve-se verificar se tudo está de acordo com o especificado no contrato, repetindo-se o procedimento na saída.

Forma de pagamento
As formas de pagamento do aluguel de temporada são livremente combinadas entre proprietário e inquilino. A prática usual é a de que 50% do valor total da locação seja pago no ato da contratação e os 50% restantes na data de entrega das chaves. Costuma-se prever uma multa contratual no caso de desistência de uma das partes, e é recomendável que o pagamento seja feito por meio de depósito em conta corrente.

CONVÊNIO
CEF beneficia incorporadoras e condomínios

A Caixa Econômica Federal apresentou, durante reunião da Câmara de Comércio de Administração de Imóveis da Confederação Nacional do Comércio, sua estratégia de relacionamento comercial com o setor. Durante o evento, foi assinado convênio entre a Caixa e a Fesecovi – (Federação Nacional das Empresas de Compra, Venda, Locação, Administração, Incorporação e dos Condomínios Residenciais e Comerciais do setor), que irá possibilitar a oferta de produtos e serviços do banco em condições especiais para o segmento.
O convênio foi assinado pelo vice-presidente de Negócios Bancários da Caixa, Fábio Lenza, e do presidente da Fesecovi, Antônio Sérgio Porto Sampaio. A Caixa, instituição do Governo Federal e principal agente financeiro da habitação no país, já é parceira das incorporadoras, imobiliárias e condomínios e, agora, desenvolveu um pacote de produtos e serviços específicos para atendimento às necessidades desse setor. O foco é para empresas ligadas à cadeia da Construção Civil, além de todos os profissionais envolvidos, oferecendo produtos como cobrança bancária em mais de 15 mil pontos (9 mil lotéricos), antecipação de recebíveis, pagamento de folha de salários e linhas de crédito para investimento e capital de giro, entre outros.
Destacam-se as linhas para capital de giro e investimento com juros a partir de 1% a.m. e o Crédito Aporte Caixa para os incorporadores e proprietários de imobiliárias com taxa de TR + 18% ao ano.
Também estão previstas facilidades  para empregados e profissionais ligados ao setor como o acesso a conta corrente, cheque especial, consórcio imobiliário, seguros, previdência privada e cartão de crédito com 1ª anuidade gratuita.   
A cadeia produtiva da Construção Civil é constituída por aproximadamente 520 mil empresas, movimentando cerca de 15,6% do PIB Nacional e gerando cerca de 2,2 milhões de empregos. Somente o setor imobiliário tem cerca de 60 mil imobiliárias e 300 mil corretores.
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