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Imóveis valorizaram até 139 porcento nos últimos 5 anos

Uma análise do mercado de usados nos últimos cinco anos feita pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci) mostrou um aumento de preços generalizado dos negócios na cidade.  Entre os dez mais valorizados, os campeões de aumento de preços são os apartamentos de médio padrão construídos há mais de 15 anos em zonas de classe média e média-baixa, com o Barra Funda, Ipiranga, Bosque da Saúde, Tatuapé, Santana, Santo Amaro e Itaquera.


As incorporadoras aferem suas bússolas na direção da classe média: aonde ela vai (ou quer ir) é para onde cresce o principal dos novos lançamentos (Foto: Hélvio Romero/AE)

As incorporadoras aferem suas bússolas na direção da classe média: aonde ela vai (ou quer ir) é para onde cresce o principal dos novos lançamentos (Foto: Hélvio Romero/AE)



As casas aparecem apenas duas vezes: as de padrão standard, o mais econômico, construídas há mais de 15 anos na Zona E, que concentra bairros da periferia da cidade, como Campo Limpo e Ermelino Matarazzo; e também as casas de médio padrão na Zona C, com o mesmo tempo de construção, que também foram as que mais aumentaram os preços.


“Isso não quer dizer que os apartamentos se valorizaram mais, mas que o volume de negócios se concentra nos apartamentos. Quem tem casa raramente se desfaz dela e, quando a coloca no mercado, ela tem preço maior”, explica José Augusto Viana, presidente do Creci-SP.


Ele afirma que a lista, apesar de mostrar uma tendência, já que verifica o comportamento em cinco anos, não deve ser usada como guia para negócios futuros. “O mercado imobiliário é muito dinâmico. Além disso, dependendo do período que o imóvel é colocado à venda, podem pesar questões locais, como aconteceu com o acidente na Linha Amarela do Metrô, em Pinheiros, que desvalorizou todos os imóveis do entorno e hoje não tem maiores influências.”


A lista, na verdade, serve como base para identificar quais imóveis são mais fáceis de serem revendidos. Ele considera, por região, a Zona Norte como o oposto da Zona Sul com relação ao aumento de preços, por suas restrições ambientais, que impedem grande volume de negócios, ao contrário da Zona Sul, que, lembra ele, tem áreas degradadas por causa do forte desenvolvimento imobiliário permitido. Já a Zona Oeste continua consolidada, gerando possibilidade de negócios, e a Zona Leste é uma aposta no futuro do mercado, que migra da classe média para média alta.


COMPLEMENTO – O mercado de novos também deve ser observado, pois é o principal fator de sucesso para o mercado de usados.Quanto maior a diferença de preço entre eles, maior procura pelos usados na região.


AS VALORIZAÇÕES

138,67%

Apartamentos de médio padrão na Zona C com mais de 15 anos 125,27 %. Apartamentos de médio padrão na Zona A com mais de 15 anos


123,89%

Casas standard na Zona E com mais de 15 anos


115,27%

Apartamentos de médio padrão na Zona B com até sete anos


107,59%

Apartamentos de médio padrão na Zona D com mais de 15 anos


97,90%

Casas de médio padrão na Zona C com mais de 15 anos


92,37%

Apartamentos de médio padrão na Zona C com até sete anos


67,46%

Apartamentos standard na Zona D construídos entre 8 e 15 anos


66,29%

Apartamentos standard na Zona E entre 8 a 15 anos


60,49%

Apartamentos de médio padrão na Zona A com 8 a 15 anos

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