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Número de lançamentos supera o total de vendas.

O balanço de 2007 aponta para a diferença entre a alta do surgimento de novas unidades --que passou de 60%-- e a do número de imóveis comercializados, que foi de 26,23% na relação dos dez primeiros meses do ano com o período de janeiro a outubro de 2006.


O mês de outubro marcou um pico de lançamentos na região metropolitana -8.850 unidades, "um recorde desde 1985", dimensiona Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp.


Cerca de 40% do que foi lançado no ano se concentrou em setembro e outubro.
Para os analistas, uma das explicações para esse número seria a liberação recente de muitos projetos na prefeitura, boa parte deles aprovados sob critérios da lei de zoneamento anterior à atual.


A diferença entre vendas e lançamentos não deverá, por enquanto, provocar um desequilíbrio entre oferta e demanda de novos imóveis.


Isso porque, de acordo com os pesquisadores, os lançamentos de 2007 compensam um resultado de 2006 que, em termos de oferta, ficou abaixo do esperado pelo mercado.


Para 2008, as expectativas dos especialistas do setor são otimistas no que diz respeito à produção imobiliária. "Tudo indica que deverá crescer de 15% a 20% em relação a 2007", estima Luiz Pompéia, da Embraesp.
O crescimento dos valores de financiamento é outro sinalizador importante do desempenho do mercado em 2007.


O crédito habitacional disponibilizou no país R$ 14,168 bilhões de janeiro a outubro, 87,5% a mais sobre o mesmo período de 2006.


A expectativa é que o ano feche na casa dos R$ 18 bilhões, o que equivale ao financiamento da compra de 190 mil moradias, segundo o Banco Central.


"Os bancos conseguiram criar um sistema de crédito semelhante ao das Casas Bahia", compara Luiz Pompéia.


"Com os planos de mensalidades fixas, o contratante não tem grande preocupação com o valor final que pagará pelo imóvel, mas sim com a combinação da parcela com o condomínio", explica. "Se ela couber no bolso, ele vai comprar."


Usados


A maior parte do dinheiro direcionado para crédito imobiliário, porém, ainda vai parar no bolso dos incorporadores --47,64% do total do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo até setembro, o equivalente a R$ 6,97 bilhões.


Uma fatia de 39,96% do montante total -R$ 5,84 bilhões- foi utilizada pelos mutuários para financiar a aquisição de imóvel usado. Apesar da abundância de lançamentos, apenas 12,4% do capital, ou R$ 1,8 bilhão, foi emprestado para a compra de imóveis novos.


A previsão é que o dinheiro destinado a financiamento imobiliário chegue aos R$ 30 bilhões em 2010.

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