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Recorde da casa própria

Aquecimento econômico Financiamentos habitacionais realizados pela CEF na região neste ano já somam R$ 724 mi em 15,5 mil contratos. 


A Caixa Econômica Federal (CEF) bateu recorde de financiamentos habitacionais neste ano na região de Ribeirão. Até novembro foram emprestados R$ 724 milhões em 15,5 mil contratos, duas vezes a mais em relação ao mesmo período de 2008. Com o Mutirão para a assinaturas de contratos neste mês, que começou ontem, a meta do banco é fechar este ano com R$ 800 milhões em crédito habitacional em 16 mil contratos nas 57 cidades que fazem parte da regional.


De acordo com o gerente regional da CEF, Celso Javorski, o bom desempenho foi resultado do aquecimento econômico da região e das ações feitas pelo banco para incentivar a tomada de financiamento para a compra da casa própria, mesmo com as ameaças da crise. “A Caixa reduziu a taxa de juros e aumento o prazo para pagamento para incentivar o aumento das operações. E apesar das turbulências econômicas, a região não foi seriamente afetada e as pessoas continuaram a investir”, disse.


Para Mateus Franco, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão (FEA-RP/USP), foi a crise financeira um dos motivos que tornou o mercado de imóveis mais atrativo neste ano. “Por conta das ameaças, as construtoras e imobiliárias reviram suas políticas de preços e parcelamentos, o que beneficiou os compradores.” De acordo com Franco, a política de redução do Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) para a construção civil também contribuiu para aquecer o mercado.


O casal Patricia Scochi, 39, e José Luiz Corral, 47, fizeram um financiamento para a construção da primeira casa própria. “Vamos começar a obra no próximo mês. Conseguimos nos programar financeiramente e vamos realizar um sonho”, disse Patricia. O contrato foi assinado pelo casal ontem e é um dos 385 que serão fechados até o dia trinta deste mês no Mutirão Habitacional da CEF.


Minha Casa Minha Vida impulsiona contratos


Do total já contratado neste ano na região, R$ 369,5 milhões vieram do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), aumento de 112,3% em comparação com o mesmo período de 2008, quando R$ 174 milhões do sistema foram usados para o financiamento de imóveis. “É um dos segmentos que registraram a maior alta, por conta da compra de imóveis com valor mais alto na região”, disse o gerente regional da CEF Celso Javorski.


De acordo com o gerente, apesar do aumento no financiamento desse tipo de unidade, o programa Minha Casa Minha Vida foi o grande impulso para o recorde de contratação habitacional neste ano. “Do total de contratos fechados, cerca de 70% tiveram subsídio do programa federal”, disse.


A vendedora Fernanda Cristina de Oliveira, 25, que também assinou o contrato no primeiro dia de mutirão, se beneficiou com o recurso.


Ao todo, R$ 278,8 milhões financiados vieram do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 66,2 milhões do Fundo de Arrecadamento Residencial (FAR).


FINANCIMENTOS HABITACIONAIS


Os números da casa própria na região


70 Contratos fechados por dia na região durante o mês de novembro

350 Média semanal de financiamentos na região para a compra da casa própria

R$ 800 Milhões é a meta de empréstimos que a CEF quer alcançar com o mutirão

R$ 30 Milhões devem ser emprestados até o fim do mutirão

385 Unidades que deverão ser financiadas no mutirão da Caixa

62,1 Mil é a quantidade de pessoas beneficiadas


 

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