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Oferta de imóvel para alugar é maior que a procura

Inquilinos que pagam em dia têm facilidade para renovar contratos a bons preços


Alugar um imóvel é, na maioria das vezes, uma maratona. É preciso manter a atenção desde a escolha da casa ou apartamento, assinatura do contrato até a devolução das chaves. Hoje, a oferta é maior do que a procura. Residências vazias fazem com que os proprietários procurem manter inquilinos bons pagadores e concedem descontos, assim o preço para quem já ocupa o imóvel é mais barato do que o de um novo.


Segundo o presidente do Conselho dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci), José Vianna Neto, o preço médio do aluguel residencial na capital e interior de São Paulo é de R$ 600, segundo a pesquisa do Creci baseada em contratos fechados nos últimos 12 meses. “Para os proprietários é melhor dar desconto, manter o bom pagador e a renda do aluguel”, diz Vianna.

Ele afirma que constatou que a população está se distanciando do centro rumo à periferia. Com isso, a procura cresce em relação a oferta de imóveis nestas regiões e os preços sobem. “A população empobreceu. Há muitos casos em que os imóveis são devolvidos porque as pessoas ficaram desempregadas e passam a ganhar menos no novo emprego.” Vianna acrescenta que uma das dificuldades de novos inquilinos é conseguir um fiador, por isso optam pelo seguro-fiança, quando têm condições. “O caução é permitido ao locatário conhecido.”

Consumidor – Nos tempos dos planos econômicos o aluguel foi campeão de procura no Procon de São Paulo. “A estabilidade da moeda trouxe mais tranqüilidade. Além disso, antes a demanda era maior que a oferta”, afirma a assistente de direção do Procon, Sonia Cristina Amaro.

Hoje, o consumidor procura o Procon para fazer consultas sobre a retomada de imóveis e para reclamar da cobrança ilegal de taxas pela elaboração de contrato ou ficha cadastral que devem ser pagas pelo dono do imóvel. “Se o consumidor precisa alugar o imóvel e a imobiliária não abre mão da cobrança da taxa, orientamos a pessoa a pagar a taxa e pegar o comprovante para depois cobrar, por meio do Procon, da pessoa certa”, diz Sonia.

Outra queixa freqüente é a não devolução do dinheiro do caução. A quantia que é depositada em poupança deve ser devolvida ao término do contrato com a correção monetária, mas muitas imobiliárias não o fazem. “Nesta situação o consumidor deve procurar o Procon.” Sonia recomenda que ao procurar o imóvel para alugar o consumidor faça visitas durante o dia e conheça a vizinhança para saber se há barulho ou algo que possa incomodar os moradores.

Segundo o vice-presidente de locação do Secovi, Sérgio Lembi, o fiador ainda é o campeão da garantia dos aluguéis, aparecendo em 60% dos negócios.

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