São cerca de 45 mil pessoas circulando diariamente por cinema, lojas, lanchonete, restaurantes, livraria, escritórios e apartamentos. Para prevenir o contágio pela gripe A (H1N1), moradores e usuários do Conjunto Nacional, na avenida Paulista (centro), têm à disposição, desde o dia 7, "dispensers" com solução antisséptica para as mãos.
A administradora do condomínio, Vera Peramezza, disse que se inspirou no que viu em uma viagem de navio. "Fora do Brasil, as pessoas já estavam preocupadas com a contaminação. No cruzeiro, vários locais contavam com produtos para higienização das mãos."
Ela não teve auxílio de profissionais da área de saúde para adotar as medidas, que incluem também limpeza constante de corrimãos e cartazes com dicas para evitar o contágio. "Aqui é um lugar grande, no qual circula muita gente. Precisava tomar alguma providência."
Peramezza buscou no site do Ministério da Saúde (www. saude.gov.br) as orientações que colocou em prática no condomínio. "Um dos cuidados é lavar as mãos frequentemente com água e sabão. Ao usar a solução à base de álcool em gel, que seca muito rápido, não há necessidade da toalha."
Os "dispensers" foram colocados em 20 pontos do Conjunto Nacional. Cada um garante em média 1.500 aplicações. Segundo a administradora, já houve a substituição de 40 refis desde a implantação das medidas.
Residenciais
Mas não são só condomínios mistos ou comerciais que estão preocupados com a gripe A. Segundo o Secovi-SP (sindicato do setor), muitos síndicos de residenciais procuraram a instituição em busca de informações sobre como agir em caso de moradores infectados.
O vice-presidente de condomínios do Secovi-SP, Hubert Gebara, lembra que, caso haja alguém infectado, o síndico deverá avisar os outros moradores.
"Ele é obrigado a dizer quando há doença grave no edifício, não pode ser omisso", diz. Para evitar dúvidas, a administradora Itambé mandou uma circular para seus clientes com os cuidados a serem tomados para evitar o contágio.
SILVIA DE MOURA
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Com MARIANA DESIMONE, colaboração para a Folha