Setor da construção espera edificar 2,1 bi de m2 para habitação até 2020
Até 2020, o Brasil terá de construir 2,1 bilhões de metros quadrados de edificações -o equivalente a mais de três vezes a área de Cingapura-, segundo a Abramat (associação da indústria de material de construção).
O volume seria capaz de suprir uma necessidade habitacional de 20 milhões de novas moradias entre 2009 e 2020, de acordo com a entidade, que baseou seus cálculos em projetos de residências de 105 m2 em média de área total.
O tamanho dos números alerta o mercado não só pela quantidade de terrenos que serão demandados, cerca de 900 milhões de metros quadrados, mas também pela capacidade da mão de obra, com 2,7 milhões de postos de trabalho adicionais.
"O governo tem ajudado a desenvolver a economia com programas de construção, como o PAC e o Minha Casa. Mas, para mantermos, é preciso ter competitividade", afirma Melvyn Fox, presidente da Abramat, que lista carga tributária e concorrência chinesa como fatores preocupantes.
A pressão sobre os custos de terra e trabalho pode inibir investimentos.
A indústria de material de construção tem hoje utilização de cerca de 87% de sua capacidade instalada.
"É alto, mas não chega a preocupar, se o nível de indústrias investindo na ampliação da capacidade for alto", diz Fox.
Os números fazem parte de um estudo da Abramat sobre competitividade do país no setor, que será levado ao governo no final de março.
INGLÊS EXPANDIDO
A marca de escolas de idiomas Fisk vai expandir sua rede com 50 novas unidades franqueadas neste ano no Brasil.
A empresa também está em negociação de contratos para ampliar a sua presença no exterior, onde já atua em países como Paraguai, Argentina, Estados Unidos, Japão e Angola.
"Mas o foco agora é o Brasil. O mercado está aquecido e deve aumentar", diz Bruno Caravati, CEO da Fisk.
Para atender a demanda crescente por ensino de inglês, impulsionada pela proximidade da Copa, a empresa desenvolveu cursos de tradução e intérprete.
Com cerca de mil escolas, 93 delas no exterior, a Fisk faturou R$ 700 milhões no ano passado.
Para este ano, a estimativa é de um crescimento de aproximadamente 20%, de acordo com Caravati.