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Caixa facilita compra de material de construção com dinheiro do FGTS

A Caixa Econômica Federal flexibilizou as regras para compra de material de construção com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Entre as principais mudanças estão a dispensa da garantia de fiança, a redução da taxa de risco de crédito e o aumento do prazo de amortização de 96 para 120 meses.


Essa linha é destinada à compra de material de construção em geral, incluindo armários embutidos e aquecedores solares, e atende às famílias com renda de até R$ 1.900. A mudança já está disponível em todas as agências da Caixa a partir desta sexta-feira.


As compras de material de construção são efetuadas por meio do cartão de débito Construcard FGTSem mais de 40 mil estabelecimentos comerciais credenciados pela Caixa.


O programa também permite a inclusão de até 15% dos custos de mão-de-obra no valor financiado.


De acordo com a Caixa, o objetivo da mudança é "aumentar a atratividade da linha, racionalizar os procedimentos e aumentar o número de contratações".


Essa já é a segunda mudança nessa linha em menos de seis meses. Desde novembro do ano passado, o limite de financiamento passou de R$ 7 mil para até R$ 25 mil. A taxa de juros varia entre 5% ao ano e 7,16% ao ano, de acordo com a renda familiar do tomador.


Desde sua criação, em 1997, a linha já financiou R$ 5,9 bilhões e beneficiou aproximadamente 1,07 milhão de famílias. Em 2009 a meta de contratação para compra de material de construção com recursos do FGTS é de R$ 1 bilhão.


Queda


A venda de material de construção caiu 21,4% em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2008. No bimestre, a queda foi de 18,5%, segundo dados da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulgados nesta semana.


Com os dados do primeiro bimestre, o setor solicitou ajuda ao governo com corte de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). No acumulado dos últimos 12 meses houve crescimento de 7,4%.


"A crise financeira internacional, que já se estende por seis meses, e a demora do governo em divulgar medidas de estímulo ao setor agravaram os resultados. É necessário o anúncio imediato dessas providências para reverter esse quadro", afirmou Melvyn Fox, presidente da Abramat.


Folha Online - 20/03/2009

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