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Peritos ensinam a procurar os defeitos menos ocultos.

GIOVANNY GEROLLA

Mesmo sem contar com um perito, o interessado em comprar um imóvel usado deve atentar para pontos que geralmente requerem reformas custosas.
"Em casas velhas, as instalações elétricas são subdimensionadas para agüentar ar-condicionado, microondas e computador", exemplifica o engenheiro Eymard Pinheiro da Silva. Às vezes, chegam a faltar até tomadas.

Além disso, disjuntores ligados a vários fusíveis e fiação antiga podem causar curtos-circuitos.

A tubulação hidráulica de ferro às vezes conduz problemas. "Abrindo a torneira, pode-se, nos prédios com caixa suspensa, verificar a cor enferrujada da água e sua pressão", indica o engenheiro Luiz Roberto Rocha.

"Hoje em dia, opta-se pela tubulação de PVC, enquanto o problema de ter pouca pressão pode ser solucionado com uma bomba ou subindo o nível da caixa", revela.

Rachaduras na alvenaria também são um sinal de alerta para o comprador. "Os custos da reforma são altos", aponta Luciana Oliveira, 32, engenheira do Centro Tecnológico do Ambiente Construído do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).

Trincas e revestimentos

Alguns defeitos, mascarados, passam despercebidos até pelo perito -se uma trinca estiver coberta com massa e pintura, por exemplo. Mas esses casos são menos comuns. "As rachaduras que chegam à estrutura são visíveis, causadas por desnível no terreno ou baixa qualidade na execução da obra", explica Silva.

Janelas velhas, sem manutenção ou vedação, abrem espaço para a umidade. O mofo se abriga na cobertura com acúmulo de água da chuva ou vazamentos.

Por fim, os peritos checam a qualidade de revestimentos e da execução da obra. "É preciso haver pias na cozinha e no banheiro, vaso sanitário, cano para chuveiro e tanque", indica a perita Ana Maria Fernandes Cooke. "O imóvel deve ser, antes de tudo, habitável."

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