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Três mil imóveis podem ser derrubados em Angra

Estimativa é da secretária do Meio Ambiente do Rio, Marilene Ramos. 


Cerca de 3 mil imóveis podem ser demolidos em Angra dos Reis, por se localizarem em áreas de risco. A estimativa foi feita pela secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, que sobrevoou ontem as encostas do município, inclusive as situadas em Ilha Grande.


Segundo ela, o número exato de casas que serão demolidas será determinado por um mapeamento detalhado, que será feito em parceria com universidades fluminenses. O levantamento complementará o trabalho que técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vêm fazendo no município.


Segundo a secretária, no entanto, esses especialistas não têm condições de avaliar riscos geotécnicos. Por isso, é necessário fazer o mapeamento em parceria com universidades.


O estudo permitirá o planejamento de ações de curto, médio e longo prazos para evitar novas tragédias no município. Como ações de curto prazo, a prefeitura de Angra dos Reis já iniciou demolições de casas em áreas de risco em morros da cidade.


Cerca de 500 residências deverão ser demolidas nessas regiões. “A partir desse mapeamento, poderemos determinar mais demolições, reflorestamento, drenagem, obras de contenção e um foco muito forte no reassentamento”, disse Marilene Ramos.


Segundo a secretária, os efeitos do decreto estadual de junho de 2009 que favorece a construção em áreas de preservação ambiental da região de Angra dos Reis estão suspensos enquanto o mapeamento das universidades não for concluído.


Durante as chuvas que atingiram Angra dos Reis na noite de Réveillon, 52 pessoas morreram em Angra dos Reis, vítimas de soterramentos.


MAPEAMENTO. O Inea, órgão da Secretaria de Estado do Ambiente, iniciou ontem operação para mapear todas as áreas de risco em Ilha Grande, Angra dos Reis.


As vistorias serão realizadas pela Coordenadoria Geral de Fiscalização (Cofis) do Inea, com o apoio da Superintendência Regional da Baía da Ilha Grande e têm como objetivo principal identificar e caracterizar os locais que oferecem riscos de deslizamentos.


Técnicos do instituto estiveram em Angra no último fim de semana e concluíram que 23 áreas sofreram deslizamentos. Esses locais serão fiscalizados por cerca de 30 agentes, entre técnicos, fiscais e bombeiros, divididos em seis equipes, que permanecerão na ilha até amanhã. Para o trabalho serão utilizadas quatro lanchas. (ABr)


Chuva atrapalha buscas em Agudo


As buscas por vítimas do desabamento de uma ponte em Agudo (RS) foram retomadas na manhã de ontem. No entanto, de acordo com a Brigada Militar do estado, as fortes chuvas no local dificultam o trabalho. Helicópteros que participarão das buscas aguardam a melhora do tempo para decolar em Santa Maria, município vizinho. A ponte sobre o Rio Jacuí, na rodovia que liga os municípios de Agudo e Restinga, desabou anteontem pela manhã. A construção tem aproximadamente 300 metros e cerca de 100 metros desabaram. As pessoas estavam aglomeradas no local para ver o grande volume de águas e a forte correnteza do Rio Jacuí, consequências das fortes chuvas na região. Há divergências no total de desaparecidos. A Brigada Militar diz que o número pode chegar a 20. Já testemunhas dizem que cinco estão sumidos. (ABr)


OEA manda carta a Lula


O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, enviou anteontem uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em solidariedade às vítimas dos deslizamentos provocados pelas chuvas no Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo Insulza, a OEA se dispõe a colaborar com o Brasil no que for necessário. A íntegra da carta diz: “Eu me dirijo a Vossa Excelência para fazer chegar ao governo e ao povo brasileiros nossas sentidas condolências e mostras de solidariedade pelas las vítimas das recentes inundações no Rio de Janeiro e São Paulo”. Em seguida, Insulza afirma que: “Em nome da Organização dos Estados Americanos e em meu próprio, eu peço que receba nosso sentido pêsame e que seja extensivo ao povo do Brasil. A Organização se dispõe a colaborar no que o governo nos solicite”.

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