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Síndicos de cara nova

Mesmo com menos tempo Perfil de quem representa os moradores mudou e agora eles são mais jovens e ainda possuem curso superior.


 Os condomínios residenciais e comerciais paulistas têm um novo perfil de síndico de acordo com uma pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Mais jovens e com curso superior, eles conciliam diferentes profissões, a responsabilidade de representar os moradores e ainda exercem o papel de gerente predial.


Segundo o Secovi-SP, 74% dos síndicos de condomínios residenciais têm entre 30 e 60 anos. Apenas 26% possuem mais que 60 anos, e a idade média dessa categoria está na faixa dos 52 anos. “Esses dados têm conexão com o desenvolvimento do mercado imobiliário e com isso a necessidade de profissionais mais qualificados”, afirmou Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP.


Em Ribeirão Preto esses números também já são uma realidade e as assembleias para a escolha do síndico do condomínio têm eleito moradores mais jovens e com maior grau de escolaridade, mesmo que eles tenham menos tempo. “Consigo cuidar mais dos assuntos do prédio nos finais de semana, mesmo assim consigo exercer o cargo. Isso é possível desde que haja planejamento”, disse o advogado e empresário Leandro Gomes do Valle, 31 anos, que é síndico do prédio há uma ano e seis meses.


Para Gebara, com a mudança do perfil dos síndicos, os condomínios ganharam mais sofisticação. “Hoje essas pessoas precisam conhecer o código penal, lei do inquilinato, ter mais informação”, disse. Segundo o bancário e síndico Paulo Sérgio Barbieri Júnior, 32 anos, com esse novo perfil, os condomínios ganharam também mais agilidade nas decisões. “Geralmente pessoas mais jovens são mais dinâmicas, têm menos medo de tomar decisões, são menos conservadoras.”


COMERCIAIS. E não é apenas o perfil dos síndicos de condomínios residenciais que mudou. O rejuvenescimento dos síndicos de condomínios comerciais é ainda mais acentuado. De acordo com a pesquisa da Secovi-SP, 86% dos 178 entrevistados da capital e interior paulista afirmaram ter entre 31 e 60 anos, contra 14% com mais de 60 anos. A idade média é de 46 anos.


Não ter outro emprego deixou de ser requisito primordial


Empregos que exigem muito tempo dos profissionais não impedem que o posto de síndico seja assumido. A distribuição de tarefas é um dos fatores que possibilitam essa conciliação.


Segundo o bancário e síndico Paulo Sérgio Barbieri Júnior, ainda há pessoas que se dedicam exclusivamente ao cargo de síndico. “Existem pessoas que ganham para fazer apenas isso”, disse. No entanto, não ter outro emprego não é requisito primordial para ser eleito síndico de um condomínio.


E para conseguir conciliar o trabalho e ainda cuidar dos assuntos do condomínio o ideal é dividir as tarefas. “Fico mais com as questões de investimentos no prédio e passo alguns assuntos para as administradoras de condomínios”, disse Barbieri Júnior.


Para o síndico, advogado e empresário Leandro Gomes do Valle, o segredo está em eleger auxiliares. “Quanto mais abrir a administração para os moradores, mais fácil é a administração”, afirmou Valle. (LA)

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