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Sem matéria-prima.

Construção em alta / O cimento está em falta nas lojas. A baixa na produção em uma das fabricantes agravou a situação.


Gazeta de Ribeirão

Principal matéria-prima da construção civil, o cimento está em falta nas lojas de materiais para construção em Ribeirão Preto, conforme apurou a Gazeta junto ao setor. A baixa na produção em uma das unidades da Votorantim Cimentos, fabricante do produto e principal distribuidora na Região Nordeste do Estado de São Paulo, agravaram a escassez no mês de setembro.

“Na primeira semana de setembro recebemos uma grande carga de cimento. Mas, nas semanas seguintes, as cargas vieram menores”, disse Leandro Vantol Valente, gerente de uma loja de materiais para construção no Bairro Vila Virgínia, em Ribeirão, que compra o produto da Votorantim.

Segundo Valente, o abastecimento feito pela fabricante, de até três vezes por semana, chegou a ser suspenso na semana passada. “Cheguei a ficar ser cimento no estoque durante cinco dias. Hoje, os poucos sacos que tenho no estoque já estão todos vendidos.”

De acordo com informações da assessoria de imprensa da Votorantim, a falta de cimento em Ribeirão foi resultado de uma parada programada na fábrica de Itaú de Minas, no Sul do Estado de Minas Gerais. “A unidade, que abastece o Nordeste do Estado de São Paulo, estava produzindo em ritmo parcial nas últimas semanas para a manutenção de um moinho”, informou a fabricante, por meio de nota da assessoria.

Segundo o esclarecimento divulgado nesta semana, para atender os clientes internos, a Votorantim cancelou o embarque de cimento para a exportação e mudou o plano de distribuição das fábricas em todo País.

A fábrica voltou a operar com capacidade máxima no último dia 22 de setembro, segunda-feira, e a distribuição foi normalizada, de acordo com a assessoria. A unidade de Itaú produz cerca de 7,5 mil toneladas de cimento por dia. “Precisamos do estoque porque a demanda está muito grande”, disse Valente.

Demanda aumenta

A escassez de cimento nas lojas de materiais de construção em Ribeirão foi agravada pela demanda do produto. De acordo com Leandro Vantol Valente, gerente de uma loja de materiais de construção no Bairro Vila Virgínia, em Ribeirão, a procura por cimento cresceu cerca de 180% em 2008. “No ano passado vendia cerca de 700 sacos por mês. Neste ano, comercializo uma média de 2 mil sacos por mês. Um aumento bem grande mesmo”, disse. Agora, os comerciantes do setor estão em dúvida se o preço do cimento subirá com a normalização de distribuição. “Talvez aumente por causa da procura”, disse Valente. A Votorantim Cimentos, divulgou por meio de sua assessoria, que na fábrica não haverá reajuste no produto. “O aumento pode ocorrer nos pontos de distribuição por causa da demanda”, informou a assessoria. (RS)

PRODUÇÃO

7,5 mil
Toneladas é a quantidade de cimento produzida ao dia pela unidade de Itaú, em MG, da Votorantim



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