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Mercado está aquecido na região.

MATHEUS URENHA Mercado está aquecido na região BOM MOMENTO Em Sertãozinho já existem filas de interessados na locação de imóveis residenciais

Quem procurasse um imóvel para alugar em Sertãozinho de 1998 a 2005 encontrava imobiliárias sem espaço na recepção para a fixação de novas fichas de anúncios. Sobravam opções. Alguns locatários chegaram a fazer promoções, oferecendo o primeiro mês gratuitamente. Hoje, quando um imóvel residencial vaga na cidade, não há tempo para divulgação – já tem uma fila de pessoas à espera dele.
A recuperação do setor sucroalcooleiro após uma grave crise vivida entre 1997 e 2004 levou o mercado de locações do desânimo à ebulição. “Eu usaria superlativo absoluto sintético para definir o panorama atualmente: está aquecidíssimo”, afirma o corretor Aílton Pacífico de Queiroz, diretor da Imobiliária Lar.
O consumo do etanol está estimulado no mercado interno e há perspectivas futuras de exportação. Além de quatro usinas e três destilarias, das 550 empresas existentes na cidade, 90% são fornecedoras do setor sucroalcooleiro – todas tiveram aumento de trabalho motivado pelo recente movimento de ampliações e construções de novas unidades no Brasil.
Para atender a demanda, todas as empresas locais passaram a contratar mais. Em janeiro de 2002, o setor industrial empregava 7,8 mil trabalhadores, contingente que subiu no ano passado para 13 mil pessoas. O movimento crescente deu mostras de continuidade no primeiro mês de 2008, quando a indústria admitiu 1.541 funcionários contra 727 demissões. Sertãozinho buscou a maior parte dessa nova mão-de-obra especializada em outras cidades, o que provocou uma corrida por imóveis para locação. “O setor imobiliário é o primeiro que sente a crise, mas também é o primeiro que reage”, define Queiroz.

Aumento de procura
A chegada de tanta gente em Sertãozinho fez aumentar a procura por aluguéis em 70% a 80% na cidade. As imobiliárias não conseguem captar os volumes que o mercado demanda. Algumas pessoas chegam a aguardar mais de um ano em filas de espera. “Tenho pilhas de cadastros aprovados. Se eu tivesse hoje 200 imóveis, não demoraria uma semana para alugar todos”, conta Queiroz.

DA REPORTAGEM 12/04/08

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