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Cresce a participação do brasileiro na compra do segundo imóvel

Mesmo com a crise financeira deflagrada em 2008 e a alta dos preços no mercado imobiliário, a participação do brasileiro na compra do segundo imóvel aumentou. Em contrapartida, a aquisição de unidades para primeira residência apresentou queda. Relatório do Ipea sobre os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, mostra que, em relação ao segundo imóvel, que inclui terrenos, casas para veraneio e unidades para investimento, a pesquisa registrou participação de 2,41% em 2002/2003, e de 2,64%, em 2008/2009. Já o volume do primeiro imóvel adquirido caiu de 2,21% para 2,07%.


Vale ressaltar que o aumento da aquisição de segundo imóvel é reflexo principalmente da compra de terrenos, que passou de 0,32% no período de 2002/2003 para 1,21% em 2008/2009.


O relatório mostra ainda que há mais gente comprando o segundo imóvel que, efetivamente, a casa própria. Entre os períodos 2002/2003 e 2008/2009, em média, 2,5% dos proprietários de domicílios compraram unidades para investimento ou veraneio, percentual maior do que os que compraram o primeiro imóvel, que foi de aproximadamente 2,1%.


“A maior parte das pessoas que investe no segundo imóvel, de acordo com os dados da pesquisa, está entre os 25% mais ricos, ou seja, com renda acima de R$ 3 mil. Desse percentual, 17% têm renda mensal acima de R$ 9 mil”, explica.


O proprietário da imobiliária Labanca, em Itaipava, Marcos Labanca, explica que a expansão do crédito imobiliário e a liberação do uso do FGTS para compra financiada do imóvel contribuem para a confirmação desta tendência.


“Recentemente, nós vendemos, em apenas 15 dias, 60 apartamentos, com valores entre R$ 220 mil e R$ 350 mil, sendo 80% deles adquiridos por investidores. Isso nunca tinha acontecido em Itaipava. A alta dos preços dos imóveis não interferiu nessa procura”, diz Labanca.


O Ipea também revelou que os gastos com aluguel pesam mais no orçamento das famílias do que as despesas com financiamento do imóvel. Pelo estudo, a despesa dos mutuários com financiamento consome 6,66% da sua renda. Já o gasto com aluguel compromete 12,14% da renda de quem tem esse custo no orçamento.


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