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Crédito de bancos para compra de imóveis sobe 32% em um ano.

Após a crise iniciada com a quebra de instituições financeiras nos Estados Unidos, muitos esperavam que mais rigor na concessão de crédito pelos bancos para financiar a compra de imóveis fosse reduzir o número de empréstimos. 


Isso não ocorreu. Em fevereiro, o total emprestado a pessoas físicas subiu 32,3% em relação a fevereiro de 2008 --dado da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).


"A Caixa se manteve no mesmo nível. No ano passado financiamos R$ 23,2 bilhões. Neste, financiamos R$ 7 bilhões no primeiro trimestre", afirma Válter Nunes, 47, superintendente regional da Caixa Econômica Federal.


Apesar do cenário incerto, especialistas afirmam que o sistema de financiamento imobiliário não deve sofrer grandes mudanças no futuro próximo.


Entretanto, alguns apontam que a tendência de queda de juros deve surtir algum efeito nas taxas praticadas pelo mercado.


"A queda da Selic fará com que os bancos passem a oferecer melhores condições, por isso vale a pena esperar o segundo semestre para comprar", aconselha Miguel de Oliveira, 44, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).


Os valores dos imóveis também devem cair, avalia o economista José Roberto Mendonça de Barros, 65, diretor da MB Associados. "O custo dos materiais tem diminuído, junto com a pressão no aluguel de equipamentos e os salários. O custo da obra tende a ficar menor."


A troca de terrenos por unidades nos empreendimentos também reduzirá preços,diz.


EDUARDO CAMPOS LIMA

Colaboração para a Folha de S.Paulo

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