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Mercado aquecido

Aluguel em alta Estudantes universitários aumentam oferta, mas encontram resistência de imobiliárias em Ribeirão.



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Os estudantes que vêm estudar em Ribeirão Preto aquecem o mercado imobiliário nos meses de janeiro e fevereiro. O aumento na procura por imóveis para locação chega a 20% nesta época do ano. Mas quem pretende montar repúblicas tem algumas dificuldades, pois há proprietários resistentes na hora de fechar negócio com grupos de estudantes.



Segundo o delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) em Ribeirão Preto e sócio da imobiliária SR imóveis, Sinésio Donizetti Nunes Rodrigues, as kitnets e apartamentos de um e dois dormitórios são os mais procurados. Mas nesta época do ano a procura costuma ser maior do que a oferta. “Principalmente no Monte Alegre, próximo a USP, e na área central, onde também há algumas universidades, a procura é frequente. As locações aumentam de 15% a 20% até meados de fevereiro”, diz ele.



Na imobiliária Habiteto, o bairro Monte Alegre também é o mais procurado. As locações aumentam até 50% no começo do ano, segundo Cristiane Aparecida Chapina, responsável pelas locações. Ela afirma que não há restrições em locar para estudantes, no entanto os contratos são feitos em nome de um responsável e são listados os nomes de todos os moradores. “Geralmente os próprios locadores pedem para listar estes nomes para não pesar para um só”, diz Cristiane. Mas para alguns locatários não basta listar os nomes, os contratos precisam ser mais elaborados. “Alguns proprietário chegam a restringir a locação para estudantes. Para eles repúblicas são sinônimo de detonação do imóvel e do bairro”, conta Marina dos Santos Conde, que trabalha na área de locação da imobiliária Santa Maria. Ela afirma que os contratos feitos para estudantes com intenção de montar repúblicas têm cláusulas com algumas exigências dos proprietários. Para evitar problemas, a própria imobiliária separa os imóveis voltados para estudantes. “E nós indicamos estes imóveis”,conta.



Rodrigues afirma que não tem conhecimento desta discriminação com locações para estudantes. Para ele é possível acontecer problemas com qualquer tipo de inquilino. “As regras e os direitos são os mesmos para todos. Não é possível saber quem vai ser motivo de reclamação ou não”, diz.



Locação com proprietário é solução



Quando vieram estudar em Ribeirão Preto, o estudante Gabriel Maso e outros três amigos tiveram dificuldades em alugar um imóvel para montar uma república. “Foi difícil conseguir um lugar. Ninguém queria alugar para estudantes que fossem montar república”, conta ele. A solução no caso deles foi locar direto com o proprietário. “Conversei direto com a proprietária do apartamento e ela aceitou. Mas deu certo porque eu conhecia o filho dela”, afirma. Maso conta também que em dois anos morando no mesmo prédio, a república nunca foi alvo de reclamações. “Inclusive no prédio houve reclamações de outros vizinhos, que não têm república.” Para Sinésio Donizetti Nunes Rodrigues, delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) em Ribeirão Preto, os locais próximos às faculdades têm imóveis voltados para este público, por isso é uma opção garantida. “Caso haja este tipo de discriminação, o que não deveria existir, ou em caso de oferta menor que a procura, outra opção é procurar alguém que esteja querendo dividir um espaço e já esteja com um imóvel locado”, afirma Rodrigues. (GR)


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