A crise retardou os lançamentos em 2009, mas não atrapalhou a venda de imóveis novos na capital. A turbulência econômica deixou as construtoras sem capital para investir, obrigando as empresas a adiarem as obras. Desta forma, entre janeiro e outubro, apenas 19.986 unidades foram lançadas no município de São Paulo - quase 32% menos que as 29.294 lançadas no mesmo período do ano passado. Mesmo assim, as vendas continuaram em alta.
A estimativa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) é que o número de imóveis novos vendidos em 2009 ultrapasse a marca alcançada em 2008. Até outubro, já foram comercializadas 27.558 unidades - mas até dezembro as vendas podem chegar a 34 mil. Em 2008, foram vendidos 32,8 mil imóveis na capital.
Reduzir o número de lançamentos sem perder vendas só foi possível porque o mercado imobiliário recorreu a seu estoque. Os imóveis novos que já haviam sido lançados antes da crise atenderam à demanda dos consumidores até que o setor voltasse a produzir normalmente.
Por conta disso, o Índice de Venda sobre Oferta subiu. Em 2008, de cada 100 imóveis novos disponíveis no mercado, 14,9 eram vendidos. Este ano, de cada 100 unidades, 16,3 foram comercializadas.
“Esses resultados demonstram que o mercado imobiliário de residências novas na cidade de São Paulo se recuperou da crise, opera em normalidade e apresenta expectativas positivas para 2010”, resume Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. A projeção é que o mercado cresça entre 10% e 15% em 2010.