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Vendas de imóveis novos caem 37%

Menos imóveis novos foram vendidos na cidade de São Paulo em outubro. Segundo dados da pesquisa Mercado Imobiliário do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), a comercialização de 2.017 unidades habitacionais representou uma queda de 37,7% em relação às 3.237 vendas fechadas em setembro. Na comparação com o mesmo período de 2010, o número também ficou abaixo, caindo 33,5%, já que na ocasião foram comercializadas 3.034 unidades.


O resultado é atípico. “Não era o esperado. O mercado teve uma redução no número de lançamentos de dois dormitórios e mais de 50% das vendas eram desses modelos. Em outubro eles representaram apenas 29% das unidades vendidas”, diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.


Em 2010, das 38 mil imóveis lançados 36 mil foram vendidos. Este ano, outros 38 mil unidades chegaram ao mercado e o balanço deve fechar em 32 mil residências. Para 2012, a expectativa é que tanto o número de lançamentos quanto o de imóveis vendidos repitam o cenário de 2011.


O Secovi também constatou que os lançamentos têm demorado mais para serem vendidos, de acordo com o índice de Vendas sobre Oferta (VSO). O indicador é obtido por meio da divisão do total de comercializações em unidades no mês e a oferta do período (estoque remanescente somado aos lançamentos). Em outubro o índice foi de 11,9%, enquanto em setembro, com mais vendas, o índice ficou em 18,7% e em outubro do ano passado em 23,5%.


Quanto aos preços dos imóveis, a aposta é que se estabilizem. “Os valores devem acompanhar os índices financeiros como IGPM, IPCA e INPC, sem aumentos fora do normal, acima do esperado, como aconteceu, principalmente, em 2010”, explica o economista.


Mão de obra – Mesmo com o resultado negativo, os empregos no setor da construção civil não devem ser afetados. “Ainda falta mão de obra. Continua a dificuldade de preenchimento de vagas. As obras estão até atrasadas cerca de um ano”, afirma Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Construção Civil (Sintracon).


Ele conta que até 2013, o setor não deve sofrer impactos no mercado de trabalho, contando também com obras para a Copa do Mundo, de mobilidade urbana e com os reflexos de investimentos para o pré-sal. “Mas a médio e longo prazo, começo a me preocupar com a possibilidade de diminuição nas vagas da construção civil por conta de uma desaceleração da economia”, diz Ramalho.


Celso Petrucci prevê que 2012 deve ser parecido com 2009. Depois da crise econômica de 2008, o governo tomou medidas para o País não sofrer tanto. E isso está se repetindo agora.


“Com a possibilidade de impactos de uma nova crise ano que vem, o governo já está agindo. A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para eletrodomésticos da linha branca é um exemplo. A ideia é manter as vendas aquecidas. O mercado imobiliário e a construção civil também estão, com certeza, no radar do governo”, disse Petrucci.


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