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Juro baixo beneficia ações de varejistas

Crédito mais barato ajuda as vendas de lojas, eleva lucros dos bancos e estimula a compra da casa própria. Risco maior de inflação pode reduzir margem de ganho de empresas de setores competitivos como bens de consumo. 


Os juros de um dígito devem impulsionar a valorização de ações de empresas que se beneficiam do crédito farto para as vendas, como varejo, bancos e construtoras.


Também devem ganhar setores como infraestrutura (usinas, estradas, aeroportos etc), que têm projetos que só se viabilizam com juro baixo.


Para Antenor Gomes Fernandes, sócio da gestora STK Capital, o ambiente de juros baixos terá impacto decisivo nos negócios voltados à economia doméstica.


"Os juros são indutores da economia como um todo. Ganha quem precisa de dinheiro para se financiar como consumo e varejo", disse.


Com os juros líquidos da renda fixa abaixo de 8%, também devem se sobressair as ações de empresas que pagam dividendos. É o caso de concessionárias de rodovias e de distribuidoras de energia, cujos dividendos anuais atingem 9%. "Dividendos são comparados com a remuneração por juros, mas não têm impostos e a ação ainda se valoriza", lembrou Fernandes.


INFLAÇÃO


O maior risco da política de juro baixo é o descontrole da inflação. Nesse caso, saem ganhando investimentos em renda fixa atrelados aos índices de preços e as ações de concessionárias de serviços indexados, como energia.


Na outra ponta, empresas que não conseguem repassar eventual aumento de custo para os consumidores podem ter perdas em suas margens de lucro.


Setores de alta concorrência, como produtores de bens de consumo, e a construção civil poderão ter dificuldades.


Em 2010, as construtoras não conseguiram repassar aumento de custo com a falta de mão de obra e com a elevação nos preços de insumos como cimento.


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