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Linha 4 valoriza imóveis e Metrô-SP quer parte do IPTU

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) pretende cobrar a Prefeitura e a iniciativa privada pela valorização que provoca ao inaugurar novas linhas e estações. A empresa concluiu o primeiro estudo que mostra o impacto nos valores dos imóveis no entorno da Linha 4 - Amarela e apontou uma alta média de 30%. Com os dados em mãos, o objetivo é exigir do poder público parte do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e também a construção de moradias sociais nessas áreas.


Desde 2006, o Metrô analisou 6.049 apartamentos ao longo do ramal, a partir da Luz, no centro, até a Vila Sônia, na zona sul. A ideia era fazer um mapeamento detalhado da valorização, para quantificar o desenvolvimento trazido pela linha - e cobrar contrapartidas dos beneficiados pelos investimentos a fim de reverter em melhorias na rede.


"O objetivo é que parte da valorização vá para a companhia. Estamos criando um modelo que será utilizado em todas as linhas quando for finalizado", disse a pesquisadora Marise Rauen Vianna, integrante da Coordenação de Estudos de Impactos Urbanos, Sociais e de Desenvolvimento do Metrô. "O valor das unidades próximas das estações inauguradas está sendo checado. E a pesquisa continuará dentro de um ano, quando faremos outra medição perto das novas estações. Um novo indicador será criado, para buscar a real valorização trazida pelo metrô."


''Tendência''


O Metrô informou, por meio de nota, que esse estudo segue padrões internacionais e se trata de um trabalho para entender a evolução da dinâmica imobiliária e a variação do uso e ocupação no entorno da Linha 4 - Amarela. "Este estudo segue uma tendência mundial, com o objetivo de obter benefícios à Companhia do Metropolitano para a expansão da malha, diante da mudança do perfil de uso e ocupação do solo no entorno do empreendimento."


A companhia afirma, no entanto, que o estudo ainda é preliminar e "por hora, não norteia nenhuma ação da Companhia". A Prefeitura informou que está avaliando a proposta do Metrô e por enquanto não vai se manifestar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




 



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