Antônio Vicente Golfeto |
Afinal de contas, com a taxa de juros remunerando razoavelmente bem o aplicador nas alternativas existentes no mercado financeiro – fundos de renda fixa, fundos DI, fundos de ações, caderneta de poupança, dentre outras – vale a pena usar o capital financeiro para comprar imóveis – novos e/ou usados – para alugar e por conseguinte obter uma renda mensal? Estamos diante de uma pergunta muito constante, freqüente mesmo, feita por pessoas que têm reservas financeiras: deixar sendo remuneradas em banco ou aplicar em imóveis para, como remuneração, receber mensalmente um aluguel? Aplicações Bem, no que toca a imóveis, há aplicações e aplicações. Há imóveis e imóveis. No momento em que se faz a opção por imóveis, mesmo terrenos que não geram renda, o investidor opta em primeiro lugar por segurança muito antes que por rentabilidade. Esta, não raro, é embutida na valorização do imóvel e não vem sob a forma de renda de locação. A liquidez, é, não raro, pequena. Certos imóveis têm liquidez quase nula. Já o mercado financeiro – centrado no banco - oferece pronta e imediata liquidez. A segurança e a rentabilidade são menores. Menores do que a liquidez. É que boa parte da rentabilidade é corroída pela inflação. Renda mensal De qualquer forma, se a pergunta for feita a um conservador, certamente ele vai dizer que é melhor aplicar em imóveis. E, de preferência, que renda mensalmente um aluguel. Mais: que sobre este imóvel não haja incidência de taxa de condomínio. Se a pergunta for a um empresário, que gosta de correr risco, ele vai dizer que “o melhor investimento será sempre o feito em sua empresa”. A aplicação no sistema financeiro será apenas um stand-by, um aguardo, uma espera de melhor oportunidade, até que ele possa ampliar sua unidade de produção. Investir nela o que, convenhamos, ele faz muito bem. Agora, alguém menos conservador e não empresário e que não são poucos - ficará com o amplo mercado financeiro, sobretudo aplicando em quotas de fundos de investimento. Cada cabeça, uma sentença. |