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Lançamentos de lofts apostam em serviços e área de lazer

A definição de loft se tornou um tanto elástica no glossário dos incorporadores. Uma prova disso é a diversidade de empreendimentos que agora se encaixam nesse conceito.


Uma das propostas que emprestam o nome é a da IdeaZarvos. "O cliente define a planta", resume Guilherme Fiorotto, arquiteto da empresa.


"Pode ser um loft todo aberto ou um apartamento normal, 'fechado'. As unidades têm áreas diversas, de 90 m2 a 400 m2, o que permite oferecer produtos para públicos diversos." Entre eles, os de solteiros, divorciados e recém-casados.


Indicativo de que esses imóveis são pensados para orçamentos também diferenciados são os preços --que variam de R$ 400 mil a R$ 3 milhões-- e a localização --todos ficam na zona oeste da cidade. O valor do metro quadrado vai de R$ 5.500 a R$ 7.000.


Paulo Mencarini, 31, instalou-se em um loft de 160 m2 em Perdizes. "Por eu ser arquiteto e minha mulher, antenada em moda, design e decoração, queríamos um apartamento na contramão do mercado", conta.


"Compramos o bem na planta e decidimos que seria entregue sem acabamento. Um espaço vazio. Definimos a execução do mezanino, uma nova suíte, a posição dos espaços."


A MaxCasa desenvolveu um produto semelhante, o MaxHaus. O comprador determina o número de dormitórios e as divisões de ambientes nas unidades de 70 m2. Há preços mais em conta, na faixa de R$ 200 mil, mas o custo para erguer paredes é adicional.


É possível comprar mais de um apartamento e agregá-los; são quatro por andar. "Atraímos casais jovens sem filhos e pessoas que se separaram", conta Andreas Auerbach, diretor da MaxCasa.


Os projetos de lofts e de estúdios se dividem com relação às áreas comuns. "Quando cabe no terreno, colocamos piscina e academia", menciona Fiorotto, da IdeaZarvos. "Mas somos contra o condomínio-clube. Não faz sentido ficar isolado no prédio, é preciso desfrutar do que a cidade oferece."


Balada na cobertura


Outras incorporadoras caminham em sentido oposto, como a Stan. "Cada vez mais as pessoas querem facilidades onde moram", diz André Neuding Filho, diretor da empresa. "Nossos lofts hoje oferecem mais itens de lazer, como uma sala de ginástica sofisticada."


Serviços "pay-per-use", um bicicletário com vagas espaçosas e um salão de festas na cobertura compõem o pacote de agregados de dois empreendimentos que a Sotheby's, imobiliária especializada no mercado de alto padrão, planeja comercializar em 2010.


O público-alvo que se pretende atrair é o de jovens executivos solteiros, na faixa etária de 30 a 40 anos, prevê Celso Pinto, diretor de lançamentos da empresa em São Paulo.


Serão unidades de 45 m2 a 90 m2 no Brooklin, "perto da Berrini", e no Itaim, "perto da Faria Lima" --regiões da zona oeste--, de dois quartos, um "ou zero, como um loft todo aberto". Os preços vão de R$ 300 mil a R$ 1 milhão -até R$ 12 mil por metro quadrado.

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