|
Outras notícias

Comprar imóvel na planta pode ser boa opção.









Anna Regina Tomicioli


foto: Jefferson Barcellos/A CIDADE
Comprar um imóvel na planta pode ser uma boa opção para quem pretende adquirir a casa própria ou investir no mercado imobiliário. Facilidades de pagamento, como diluição do valor em parcelas e prazo estendido, opção de personalizar a construção do imóvel, fazendo modificações na planta e escolhendo itens de acabamento são algumas das vantagens apontadas por quem atua no setor.
Segundo corretores de imóveis, desde o lançamento até a conclusão das obras a valorização de um imóvel costuma ser em média de 40%, podendo chegar até a 50% em alguns casos. Segundo o gerente de vendas da construtora Habiarte Barc, Romeu Balardini, essa valorização se dá por diversos fatores que abrangem valorização e custos. “Na ocasião do lançamento, as construtoras colocam o imóvel a um preço mais atrativo para poder alavancar as vendas”, explica.
Empreendimento
A partir do início da obra, a própria evolução do empreendimento tende a gerar um acréscimo natural no valor do imóvel. “Depois de um volume de unidades vendidas, a construtora reajusta a tabela, além da correção que já é feita mês a mês”, explica o gerente da construtora.
Mesmo assim, para ele, que trabalha há 16 anos com vendas de imóveis na planta, fazer esse tipo de aquisição só traz vantagens para quem compra. “Eu diria que a única desvantagem é que a pessoa não pode morar no imóvel de imediato. Ela tem que esperar uns dois anos e meio a três anos, que é o prazo médio de construção dos imóveis”, avalia.
Durante as obras, é comum as construtoras permitirem que os proprietários façam mudanças na planta original, adaptando o seu imóvel conforme suas necessidades e preferências. “Além disso, o proprietário pode acompanhar e visitar a construção quando quiser, conferindo seu imóvel ‘por dentro’”, complementa o gerente.
Facilidades
Um imóvel em fase de construção também oferece ao comprador facilidades de pagamento. Em geral, as incorporadoras trabalham com um ‘sinal’ de 40 a 50% do valor total do imóvel a ser pago durante o período de construção em parcelas que podem ser mensais, semestrais ou anuais.
O restante pode ser quitado no ato de entrega das chaves ou ainda financiado, seja via construtora, ideal
para prazos mais curtos, ou através de instituição bancária, mais indicada para prazos mais longos. “Hoje eu diria que é mais fácil comprar um imóvel em construção do que um imóvel pronto ou de terceiro”, conclui o gerente de vendas.

OPÇÃO
Bancário fez investimento e garante: só teve vantagens

O bancário aposentado Antonio Carlos de Souza adquiriu uma residência em um condomínio fechado no lançamento do empreendimento e não tem do que reclamar.
Antes, Souza morava em uma residência própria no bairro Sumarezinho. Depois da família ser vítima de um assalto e de uma de suas filhas se casar, achou que a casa ficou grande demais e a segurança correria o risco de ser ameaçada. Após esperar dois anos pela conclusão das obras, ele se mudou com a mulher e uma das filhas para o local. Tendo acompanhado a construção de perto obras de perto, Souza avalia que a casa ficou bem fiel ao projeto e o residencial seguiu à risca a maquete.
Vantagem
Para ele, uma grande vantagem de ter adquirido o imóvel antes mesmo do início das obras foi poder modificar a planta e adequá-la às suas necessidades e preferências.
“A construtora fez as mudanças sem nenhum problema. Apenas tive que arcar com os custos que a mudança implicou”, relembra o proprietário.
Outra vantagem é poder contar com a assistência da construção quando da necessidade de reparos e conserto de ‘defeitos’ de construção. “Um piso trincado, pequenas rachaduras, eles repõem, fazem o reparo necessário”, destaca.

SERVIÇO
Corretores analisam vantagens e desvantagens do investimento

Um imóvel a ser construído será sempre mais barato do que um imóvel pronto. Esta é orientação de César Paschoal, diretor da César Paschoal Imóveis. “Quando você adquire um imóvel na planta o valor é mais acessível porque você paga somente pelo custo de administração”, justifica.
Conforme o imóvel vai sendo erguido, seu preço inicial vai sendo acrescido de valores. “Quem compra no início, compra um ‘sonho’. A pessoa não está vendo o imóvel. Conforme a construção vai surgindo, cresce a credibilidade do imóvel porque ele passa a virar realidade”, analisa Paschoal. É nessas horas que cada um dos envolvidos no projeto começa a tirar o seu lucro do empreendimento. “Se no início o imóvel era vendido a R$ 100 mil, as últimas unidades já passam a valer R$ 140 mil”.
Esta valorização do capital
aplicado dificilmente (é praticamente impossível!) será alcançada por algum investimento do mercado financeiro. Fora que no caso da compra do imóvel o pagamento é diluído em parcelas.
Relativa
Para o delegado regional do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) em Ribeirão Preto, Sinésio Nunes Rodrigues, dizer que a compra de um imóvel na planta é vantajosa em termos financeiros é relativo.
“(Comprar na planta) não significa que é mais barato. Isso vai depender do perfil do imóvel e do cliente”, avalia Nunes, apesar de admitir que a tendência em geral é do imóvel se valorizar ao longo do tempo.
Segundo ele, a valorização é definida não só pelo imóvel em si, mas leva em conta outros fatores ‘externos’, como bairro, localização e rede de serviços no entorno, entre outros. “São fatores que possam vir a valorizar ou desvalorizar o imóvel”, pondera.
Hoje em dia, com as facilidades que existem para o financiamento de um imóvel pronto, Rodrigues aponta que muitas vezes esta pode acabar sendo a melhor opção. “O Creci inclusive mantém um convênio com a Caixa Econômica Federal para facilitar ao comprador a aquisição de um imóvel”, finaliza

0
|
0