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Gosto por casa térrea

Ferraz Jr.
Especial para A CIDADE

Os condomínios horizontais fechados tomam conta de Ribeirão Preto, principalmente na zona sul da cidade. Em dez anos houve um salto na quantidade de empreendimentos desta natureza impulsionado pela crescente demanda, mas estimulado também pela mudança na legislação municipal.
Segundo o engenheiro José Batista Ferreira, diretor da Costallat Engenharia e novo diretor regional do SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), em 1994 houve alteração na Lei 3.346, de 28.09.1977 que determinava que condomínios fechados tinham que se feitos com terrenos de no mínimo 400 m2.
“A mudança da lei para condomínios com terrenos de qualquer tamanho abriu caminho para uma grande demanda”, afirma. Na época, segundo Ferreira, existiam cerca de 10 condomínios horizontais na cidade. Hoje, acredita que haja perto de 40, ou seja, 30 novos condomínios em 10 anos, o que dá uma média de três lançamentos por ano.
Só na Zona Sul da cidade foram construídos sete condomínios horizontais de 200 a 2004 e existem 49 processos de autorização para a região mais nobre da cidade, em tramitação na Secretaria do Planejamento, incluindo loteamentos.
Os condomínios fechados horizontais deixaram, a partir de então, de ser artigos de luxo para consumidores de alto poder aquisitivo e estão ao alcance também da classe média assalariada. “Mesmo que as linhas de crédito sejam escassas”, analisa Ferreira.
A Costallat, por exemplo, lançou o Condomínio Campos do Jordão com 170 sobrados de 2 e 3 dormitórios com preço médio de R$ 70 mil e vendeu cerca de 60 unidades.
Preço médio
A Chemin Incorporadora, por sua vez, não tem do que reclamar. Levou 15 meses para vender todas as 300 casas, que têm preço médio de R$ 100 mil, do Condomínio Villa d’Italia, segundo o diretor Marcio Nogueira. A empresa prepara o lançamento de um novo condomínio horizontal para os próximos meses.
“Ribeirão Preto tem uma característica muito forte de pessoas que gostam de morar no chão, fazer churrasco na área de lazer”, explica Nogueira.
O que também ajuda nos empreendimentos horizontais, segundo Ferreira, é a topografia da cidade que basicamente plana, principalmente na região sul, que concentra a população de lato poder aquisitivo.
É nessa área da cidade, por exemplo, que estão localizados os três condomínios horizontais fechados que a Perpaln Incorporadora projetou para o loteamento Juritis.
O Condomínio Magnólia tem 54 lotes de 550 m2 já vendidos ao preço de R$ 250 o metro quadrado cada lote. O Condomínio Manacás tem 56 lotes de 600 m2 pelo mesmo preço e 80% já estão vendidos. O Condomínio Monet tem 31 lotes acima de 1 mil m2 com sistema de segurança digital e fibra ótica entre outros recursos, segundo o diretor da empresa, Adilson Perdiza Villas Boas.
Opção
“Quem tem o perfil de morar em casa hoje, prefere optar pelo condomínio fechado”, afirma. Segundo adianta, a Perplan está finalizando o projeto da Estância Santo Antonio numa área de 250 mil m2 para construir dois condomínios fechados.
A Rossi Residencial entrega no final do mês as 106 casas do Condomínio Cittá di Positsano que teve a comercialização concluída antes da conclusão das obras, por um preço médio de R$ 315 mil cada.
E, segundo o gerente regional da Rossi, Luiz Eduardo Lucarelli, em setembro será lançado outro condomínio horizontal com 74 casas com valor médio de R$ 400 mil cada.
Os espaços na zona sul estão se esgotando segundo Valter Correa de Oliveira, diretor da Barão Imóveis. A expansão, segundo prevê, acontecerá em direção ao Anel Viário Oeste, próximo à USP, no entroncamento para Sertãozinho.
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