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Uma Fiusa aprimorada.

Bairro Olhos D Água, na Zona Sul de Ribeirão, vai ter 26 edifícios e dois condomínios separados por um lago.



A experiência que o GDU (Grupo de Desenvolvimento Urbano) adquiriu para transformar a Avenida João Fiusa numa das áreas mais nobres de Ribeirão Preto vai servir agora para a criação do bairro Olhos D Água, no prolongamento da avenida, após o anel viário. A declaração é do empresário Paulo Tadeu Rivalta, sócio-proprietário do GDU.

O futuro bairro, cujos imóveis começarão a ser vendidos a partir de 2010, segundo Rivalta, será composto por 26 edifícios e 4 condomínios com 432 terrenos, cujas medidas vão variar de 500 metros quadrados a mil metros quadrados. Já as áreas para a construção dos prédios têm 3.750 metros quadrados cada.

"Vamos aprimorar tudo o que deu certo no projeto da Fiusa e evitar aquilo que deixamos de acertar. A experiência é maior e também a maturidade. Será um projeto urbanístico e arquitetônico de alta qualidade", declara o sócio-diretor do GDU.

Um dos atrativos do empreendimento será um parque nos moldes do Parque Curupira, que, de acordo com Rivalta, deverá se transformar em atração turística da Zona Sul. O empreendimento está planejado para ser totalmente comercializado entre 2010 e 2020.

O bairro Olhos D Água está ainda em fase de aprovação. A Prefeitura de Ribeirão Preto já recebeu dos empreendedores o Raram (Relatório de Análise de Risco Ambiental), que é uma das exigências do Código Municipal de Meio Ambiente (lei complementar 1.616).

A elaboração do Raram consumiu oito meses de trabalho, segundo o arquiteto e urbanista Silvio Contart, da Contart & Takano, escritório que projeta o bairro Olhos D Água. Após a aprovação pelo município, o projeto vai depender de aprovação de órgãos estaduais.

Contart diz que o parque, com área total de 120 mil metros quadrados e com um lago central, vai dividir o empreendimento ao meio. Essa área verde vai separar o espaço dos edifícios da área destinada aos condomínios.

O lago vai ter superfície de 525 metros quadrados, com capacidade para 100 milhões de litros de água. De acordo com o arquiteto, o lago será de contenção, nos moldes do lago do bairro Nova Aliança, cuja função é evitar enchentes no ribeirão Preto, onde desemboca.

Contart prevê investimento de R$ 100 milhões em obras de infra-estrutura. "Como o bairro vai ficar fora da área urbana, ele precisará ter um certo grau de implementação para as pessoas terem confiança na hora de comprar", declara.

A área onde será construído o Olhos DÁgua, com 930 mil metros quadrados, fica a 2 km do RibeirãoShopping, atrás do Tênis Country Clube. O bairro vai mesclar escritórios, lojas e imóveis residenciais, de acordo com Contart.

Indagado se o empreendimento foi projetado nessas dimensões para evitar o EIA-Rima, relatório de impacto ambiental exigido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente para empreendimentos com área superior a 1 milhão de metros quadrados, Contart respondeu que não necessariamente é o tamanho da área que leva à exigência do EIA-Rima.

Conforme o arquiteto, é o interesse ambiental que pode determinar a elaboração de um EIA-Rima. Esse interesse pode fazer com que áreas inferiores a um milhão de metros quadrados sejam passíveis de EIA-Rima.

Mas Contart admite que empreendedores tentam fugir da exigência do EIA-Rima, não pelo custo, mas para economizar prazo de trâmite dos documentos exigidos para a aprovação dos loteamentos.

"Quando o governo criou a indústria do EIA-Rima, ele acabou criando duas categorias de empreendimentos: os com dimensões acima de 1 milhão de metros quadrados e os baixo desse tamanho", afirma.


 

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