Para negócios com recursos da poupança, redução pode chegar a 1,5 ponto percentual ao ano em relação a 2007.
A Caixa Econômica Federal reduziu as taxas de juros para compra de imóveis com recursos da poupança. A redução pode chegar a 1,5 ponto porcentual ao ano em relação aos menores valores cobrados em 2007, considerando-se a taxa de juros efetiva.
No caso da taxa nominal, a queda máxima é de 1,35 ponto porcentual ao ano ante 2007.
Para compra de imóveis novos ou usados de até R$ 130 mil a menor taxa efetiva no ano passado cobrada pela Caixa era de 9% ao ano e passa agora a ser de até 8,4% ao ano.
Nos imóveis de R$ 130,01 mil a R$ 200 mil a taxa efetiva cai de 10,5% para até 9,5%. Em caso de financiamento de R$ 200 mil a R$ 350 mil e valores financiados até R$ 245 mil a taxa efetiva cai de 11,5% para 10,5%. Acima de R$ 350 mil ou com valores financiados superiores a R$ 245 mil - ou ainda para compra de lote urbanizado de qualquer valor - houve redução de 12,5% para 11%.
Segundo a Caixa, as taxas de juros são mais atrativas para clientes que optarem pelo débito da prestação e possuírem o pacote básico de conta corrente com cheque especial e cartão de crédito da Caixa. Nos valores acima de R$ 350 mil e valor financiado superior a R$ 245 mil haverá aumento do prazo máximo de financiamento de 180 para até 360 meses. E da cota de financiamento de 70% para até 80%, conforme o prazo contratado.
Para o financiamento à produção, a Caixa reduziu a taxa de juros de 11,39% ao ano mais taxa referencial (TR) para 9,5% ao ano mais TR.
O vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Hereda, afirmou que a instituição pretende utilizar dois terços dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para habitação. Segundo ele, somando-se os recursos para subsídios e para a linha Pró-cotista, a Caixa deverá utilizar cerca de R$ 8 bilhões dos cerca de R$ 12 bilhões do FGTS para habitação.
Recentemente, bancos comerciais deram início a acordos com a Caixa, administradora do FGTS, para repassar recursos do fundo para habitação. "Foi uma solução razoável e quem ganha é a política habitacional", afirmou Hereda.
Securitização
A Caixa continua preparando contrato para securitizar volume de R$ 2 bilhões da carteira de empréstimos habitacionais, segundo Hereda. Em 2007, a Caixa divulgou a intenção de securitizar R$ 2 bilhões, sendo R$ 1 bilhão ainda no ano passado.
Na avaliação de Hereda, ainda "falta um passo importante" - equacionar a exigência de que 65% dos recursos da poupança sejam destinados ao financiamento habitacional com a não contagem dos recursos securitizados para essa exigibilidade. Segundo o vice-presidente da Caixa, se o valor securitizado não fosse descontado do montante para cumprimento da exigência, o mercado secundário "teria condições de rodar".
Hereda destacou que a criação de um fundo de liquidez para os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) está sendo discutida. "Os bancos deveriam se unir para criar o fundo de liquidez", disse.
No ano passado, as contratações de recursos da Caixa para habitação, saneamento e infra-estrutura chegaram a R$ 37,2 bilhões, valor recorde nos últimos dez anos. Do total, R$ 21,5 bilhões foram destinados a habitação e R$ 15,7 bilhões a outras áreas.
Agência Estado