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Mais da metade dos síndicos estão há mais de três anos no posto

Se na política e no esporte é comum que mandatários se perpetuem no poder, isso também ocorre em condomínios. Levantamento da administradora Lello mostra que, em 53% dos 1.200 prédios residenciais que gerencia na cidade de São Paulo, os síndicos estão há mais de três mandatos no cargo.


Mas a continuidade é benéfica para a administração do condomínio? Na maioria das vezes, há mais a ganhar do que a perder com um síndico com conhecimento do histórico do prédio, opina Maristela Borges, gerente-geral de condomínios da administradora Adbens.


"Em geral, o síndico proativo continua no cargo, pois promove melhorias e sabe como as coisas funcionam ali. Também sabe como motivar os funcionários. Prédios que mudam muito de gestão não veem seus projetos se finalizarem com tanta rapidez", pontua.


Para Borges, o poder do síndico independe do tempo de gestão: "Se ele não for um bom síndico, mesmo "antigo", não ficará, principalmente se houver alguém interessado na vaga".

O que pode comprometer o trabalho de longo prazo é a falta de clareza na gestão -na prestação de contas, por exemplo.


"Se o responsável pelo prédio não se acomodar e administrar com transparência, não haverá problema nenhum em permanecer por diversos mandatos", observa o diretor de condomínios da administradora Paris, José Roberto Iampolsky.


A arquiteta Maria Pilar Sueiro, 49, síndica há nove anos do prédio em que mora, não se preocupa com a concorrência.


"Aqui ninguém se candidata a síndico, nem por isso eu me acomodo", diz. "Procuro me cobrar para manter todos trabalhando bem, gosto de ver o prédio com a manutenção em dia. Fiz várias melhorias e sempre com transparência. Sei que não sou dona do prédio e que administro o dinheiro de todos."


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