A ocupação de condomínios logísticos vagos de alto padrão aumentou 648% no Brasil no ano passado, ante 2010, segundo estudo da Colliers International Brasil.
Em 2011, o total absorvido foi de cerca de 1,1 milhão de m2 ocupados. Um ano antes, o índice foi de 146,5 mil m2.
"O crescimento é consequência da produção das empresas nacionais e da entrada de estrangeiros", diz Patrick Samuel, da Colliers International Brasil.
Com a demanda por esses empreendimentos, sete Estados terminaram 2011 com taxa de vacância de 0%.
Todas as regiões do país registraram aumentos no preço médio de locação, sendo o maior deles no Sul, de 15%.
Para atender às companhias interessadas, a previsão é que ao menos 2,72 milhões de m2 sejam entregues neste ano. Em 2011, esse número foi de pouco mais de 1 milhão de m2.
Em São Paulo, as cidades que mais se destacaram em lançamentos foram Cajamar e Indaiatuba. "Além da procura em áreas tradicionais, como Barueri, há crescimento significativo em Guarulhos", diz Samuel.
No resto do país, a liderança foi de Cabo de Santo Agostinho, que teve expansão de 26%. "É reflexo da movimentação do porto de Suape."
A área dos condomínios de alto padrão varia de mil a 50 mil metros quadrados, com pé-direito de até 12 metros de altura. A capacidade de carga do piso é de 5 a 6 toneladas por m2.
Associação de exportadores questiona tributos no STF
A AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), que reúne empresas como Odebrecht, Suzano e Weg, entre outras, entrou com ação no STF contra uma norma da Receita Federal que prejudica, segundo a entidade, pequenos exportadores.
A ação direta de inconstitucionalidade foi protocolada na última quinta-feira.
A AEB questiona a instrução de 2009 que impõe tributos sobre aqueles que vendem ao mercado internacional via "trading companies" (empresas compradoras e exportadoras de mercadorias).
De acordo com a constituição, no entanto, as contribuições sociais não incidem sobre as receitas decorrentes de exportações.
"É difícil para o pequeno exportador [embarcar suas mercadorias]. Como não tem estrutura própria, ele costuma fazer as vendas através das tradings", diz o vice-presidente-executivo da associação, Fábio Martins Faria.
Hoje, porém, está pior para quem utiliza essas empresas do que para os que tentam trabalhar sozinhos, segundo Faria. "Fica mais oneroso com a trading", afirma.
A associação não soube informar quantos exportadores são prejudicados pela instrução da Receita Federal.
FUNDO A PEQUENOS
A Agência de Fomento Paulista e o Sebrae acabam de fechar parceria para que empresas que faturam entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões anuais possam utilizar o Fampe (Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa).
O fundo, que está disponível para companhias de todos os setores, funciona como complemento às garantias tradicionais exigidas em operações de crédito.
A iniciativa poderá ser usada para garantir até 80% do valor financiado, limitado a R$ 150 mil por operação.
FRONTEIRA DO AGRONEGÓCIO
A Golden Cargo, empresa especializada em gerenciamento e operação da logística de mercadorias especiais, como defensivos agrícolas e produtos químicos embalados, vai construir e reformar instalações no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul do país, neste ano.
"Estamos acompanhando o movimento da fronteira agrícola do Brasil. Vamos abrir um centro de distribuição em Balsas, no Maranhão", diz Oswaldo Dias de Castro Jr, que se tornou o principal executivo da companhia em janeiro passado.
Para este ano, a empresa do Grupo Arex planeja investimentos de R$ 20 milhões distribuídos na renovação e ampliação da frota de caminhões (R$ 15,5 milhões) e em infraestrutura operacional e tecnológica dos terminais.
Feito sob... A exemplo do que tem feito no exterior, a grife Ermenegildo Zegna dedica este mês à alfaiataria sob medida no Brasil. Com novos tecidos, a etiqueta oferecerá profissionais especializados para orientar os clientes.
... medida O cliente escolhe do modelo do paletó ao tipo de barra -e até os botões do terno. Medidas e tecido são enviados à confecção na Suíça. Quando pronto, o costume volta para uma prova final no Brasil, de acordo com a grife.
Compartilhamento A Agilent Technologies, de análises químicas, eletrônicas e de comunicações, acaba de inaugurar um centro no Brasil onde deve dividir tecnologia de suas ferramentas com alguns clientes, como USP e Polícia Federal.
ALTOS E BAIXOS
O preço da energia vendida no curto prazo entre grandes consumidores no mercado livre disparou entre a primeira semana de fevereiro e o mesmo período em março.
O PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), que baliza todo o sistema, ficou em quase R$ 100/MWh nesta semana, segundo análise da gestora e comercializadora Comerc, com base em dados da CCEE (câmara de comercialização).
Na primeira semana de fevereiro, o valor girava em torno de R$ 15/MWh para o Sul e o Sudeste.
O que explica a elevação dos preços é o nível de chuvas, que ficou abaixo do estimado pelas previsões climáticas, segundo a Comerc. O nível de água nos reservatórios compõe o preço.