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Perfil de cada bairro acompanha estilo do morador em São Paulo

Orientais, italianos, judeus, descolados. Cada um desses grupos culturais, étnicos ou nacionais encontra na cidade de São Paulo um bairro --e, consequentemente, um tipo de imóvel-- adequado a seu perfil.


"A oferta de serviços especializados tende a unir em uma mesma região pessoas com os mesmos hábitos", afirma o diretor de lançamentos do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário), Fabio Rossi Filho.


Quem gosta de agito costuma se aventurar a morar em locais com muitos bares, restaurantes e "baladas" --a Vila Madalena (zona oeste) é um exemplo.


"É um bairro muito vivo. A qualquer hora do dia ou da noite há pessoas na rua", define Ana Lúcia Bóro, gerente de vendas da Pacheco Imóveis.


Pela proximidade da USP (Universidade de São Paulo) e de centros culturais de Pinheiros, nas últimas décadas o lugar congregou artistas, intelectuais e uma intensa vida noturna.


A Vila, porém, ainda reserva ruas tranquilas, onde é possível estar próximo à movimentação sem o incômodo do barulho.


A relações-públicas Patrícia Jorge, 44, nasceu no bairro e já chegou a viver na Vila das Mercês (zona sul). Nesse tempo, voltava todo dia para a Vila Madalena para levar a filha à escola e usar serviços como cabeleireiro. De volta à origem há 13 anos, Patrícia declara: "Só consigo morar em São Paulo porque vivo na Vila Madalena".


Os corretores que atuam na região afirmam que a procura de jovens famílias por imóveis para compra cresceu. "São pessoas que têm uma visão de mundo diferente e a mantêm quando formam uma família", diz o diretor do departamento de imóveis prontos da Fernandez Mera, Ricardo Carazzai.


A demanda gera valorização. Segundo a empresa de pesquisas imobiliárias Geoimovel, em 2008 e 2009 a média do preço do metro quadrado na Vila Madalena foi de R$ 6.511, superior à do distrito de Pinheiros (R$ 4.863), onde fica o bairro.


Um estilo de vida também mais alternativo, com acesso fácil a opções culturais, é o atrativo do centro.


Comodidade


O estilista Walério Araújo, 39, é um entusiasta da região desde que chegou de Lajedo (PE) há 18 anos. Ele já morou na avenida São João e na rua Rego Freitas e há 15 anos habita o lendário edifício Copan, na avenida Ipiranga.


"O que me atraiu foi a facilidade, pois no Copan há desde podólogo até pizzaria", revela o estilista, que instalou há cerca de cinco anos a sua loja na área comercial do condomínio.


A oferta de comércio e serviços e a localização são os aspectos que mais agradam aos moradores do distrito da República (onde está o Copan), segundo o DNA Paulistano, pesquisa feita pelo Datafolha em 2008

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