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Segmento popular é o que mais cresce

O chamado segmento econômico, representado por imóveis com preços até R$ 200 mil, tem ganhado cada vez mais espaço nas vendas das grandes construtoras. A Living, braço da Cyrela para esse setor, deve somar neste ano até 40% das unidades comercializadas por toda a empresa. Na Gafisa, outra gigante imobiliária, a estimativa para este ano varia entre 40% e 45%, para atingir até 50% no próximo ano. A empresa atua no segmento popular por meio da Tenda, comprada em 2008.


“O alto e o médio padrões estão crescendo, mas não com a velocidade do segmento econômico - disse o diretor-geral da Living, Antonio Guedes.”


Só no primeiro trimestre deste ano, as vendas da Living somaram R$ 411,5 milhões, um salto de 236,9% em relação ao mesmo período do ano passado.


Foram 3.152 unidades, ao preço médio de R$ 130,6 mil. Para Guedes, o grande estímulo foi o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal.


“Foi o IPI do setor - compara ele, em referência à redução de impostos para veículos e eletrodomésticos de linha branca em 2009 e parte deste ano.”


A Cury, construtora que sempre atuou no segmento econômico, viu seu faturamento se multiplicar nos últimos anos. De R$ 65 milhões em 2007, pulou para R$ 130 milhões no ano seguinte e R$ 450 milhões em 2009. Para 2010, a previsão é de R$ 500 milhões.


Por trás de todos esses números, existe um cenário que mistura juros menores, renda em alta, desemprego em queda e maior oferta de crédito.


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