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RP tem ‘fuga’ para favelas

Habitação irregular Moradores partem para áreas invadidas em busca de lugar na fila de conjuntos populares.

A notícia de que serão entregues 904 moradias populares, entre este ano e o primeiro semestre do ano que vem em Ribeirão Preto, fez crescer o quadro de invasões em favelas já existentes. A Favela das Mangueiras, na Vila Virgínia, existente há 46 anos, teve crescimento populacional de 30% entre 2007 e o primeiro semestre de 2010, segundo dados da Prefeitura.


Mesmo cadastrada no programa habitacional do município desde 2007,a população do núcleo passou de 1,1 mil para 1,5 mil pessoas após a notícia de que 384 apartamentos serão construídos para atender famílias moradoras das Mangueiras. O urbanista Fernando Prado explicou que a Mangueiras passa por um processo de estagnação populacional por não haver mais espaço de expansão. Para ele, as atenções devem ser voltadas às favelas com potencial territorial para crescimento. “A Prefeitura tem que unir forças em ocupações que ainda podem crescer, como a Favela do Aeroporto e a da Via Norte”, disse.


O programa Moradia Legal propôs no início do ano uma fiscalização específica para o controle de novos invasores em áreas listadas pelo município (cerca de 44), mas a proposta esbarrou na Prefeitura, disse o idealizador do programa Moradia Legal, João Gandini. “Não existe sensibilização para questões de habitação popular dentro da Prefeitura.”


O presidente da Cohab, Rodrigo Arenas, afirmou que o controle da população em favelas é feito regularmente, mas que de fato não há como controlar a proliferação enquanto elas acontecem. “Não posso colocar uma pessoas 24 horas vigiando as ocupações. Nosso controle será na hora da entrega das casas. Aqueles que invadirem após os cadastramentos não receberão moradia”, afirmou.


Prefeitura ‘usa’ associações


A Prefeitura se apoiou em associações de bairros para combater novos invasores em favelas já cadastradas. O membro da associação do núcleo da Favela da Via Norte A.A, 47 anos, disse ter evitado, em uma semana, cinco ocupações no local. “Tenho que cuidar porque senão outras pessoas tentam passar na nossa frente na fila da Cohab.” (LC)

 





 


 

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