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Aluguel bate novo recorde em São Paulo

Contratos novos para locação residencial na cidade cresceram 19,8% nos 12 meses terminados em novembro. Aumento registrado nos contratos em andamento foi bem menor (5,95%) no mesmo intervalo.


O valor do aluguel residencial na capital paulista continua em trajetória de alta e bateu mais um recorde. O aumento médio para os contratos novos de locação chegou a 19,8% nos últimos 12 meses terminados em novembro.


A variação é a maior registrada na série histórica do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo, iniciada em 2005. Os dados adiantados à Folha mostram que, só no mês passado, houve alta de 1,7%, puxada pela elevação dos imóveis de um quarto (2,5%). As unidades com dois dormitórios subiram 1,5% no período, e as de três, 0,5%.


Um dos motivos da disparada é o aquecimento do mercado imobiliário devido às facilidades de financiamento.


A valorização dos imóveis à venda se reflete na locação, já que o investidor quer obter uma remuneração maior pelo dinheiro aplicado.


Ainda assim, segundo Francisco Crestana, vice-presidente do Secovi-SP, o aluguel mensal fica em torno de 0,6% do valor do imóvel, menos atraente, portanto, do que investimentos em fundos de renda fixa, por exemplo.


Uma grande metrópole como São Paulo, vale ressaltar, tem também algumas peculiaridades, como a alta rotatividade dos moradores, que, por isso, preferem alugar a comprar a moradia, mesmo tendo o montante necessário para dar de entrada em um imóvel próprio, mantendo a demanda à frente da oferta de unidades.


Para o economista José Pereira Gonçalves, ainda não há muitos investidores focados no segmento residencial no Brasil. Aqueles que desejam aproveitar o boom do mercado, na sua opinião, "preferem aplicar, por exemplo, em fundos imobiliários, que têm maior liquidez [facilidade em vender]".


O crescimento desse setor ainda é sustentando por quem está comprando a primeira moradia ou trocando a que possui por uma maior ou num bairro mais valorizado.


O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), da Fundação Getulio Vargas, usado na maioria dos contratos em andamento, acumula alta bem menor (5,95%) nos últimos 12 meses, desestimulando a procura por um outro imóvel.


A sugestão para o inquilino que conserva o bem e paga em dia é tentar negociar um reajuste menor com o locador ao renovar o contrato.


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