Comprar um imóvel financiado por um banco, com até duas pessoas contribuindo para o pagamento do apartamento e comprometendo de 15% a 30% do salário com as parcelas. Esse é o perfil médio do comprador de imóveis, revela a pesquisa Datafolha.
"O cliente prefere financiar direto com a construtora, que é menos burocrática. Mas ela acha melhor que ele pague diretamente aos bancos, para evitar problemas", comenta José Romeu
Ferraz Neto, 45, vice-presidente do Sinduscon-SP (sindicato de construtoras e incorporadoras).
No entender de Augusto Bandeira Vargas, 47, superintendente de negócios da CEF (Caixa Econômica Federal), há outras vantagens nos bancos. "Financiamos mais de 90% da demanda habitacional no país. Oferecemos prazos maiores, seguro que garante o término da obra e apoio jurídico.'
Outro aliado dos bancos é o indexador. "A TR, que eles utilizam, tem ficado entre 2,5% e 3% ao ano; já o IGP-M, das construtoras, em torno de 15% ao ano', compara Romeu Chap Chap, 69, presidente do Secovi-SP (sindicato de administradoras e construtoras).
O receio de comprar um imóvel na planta ainda existe _21% dizem que têm desconfiança em relação à construtora ou à incorporadora_, apesar de o preço ser mais atrativo. "É favorável, mas é preciso se cercar de garantias", aconselha Vargas.
O peso do imóvel no bolso