Mercado em fase crescente.
A Rossi Residencial S/A, empresa paulista que atua há dois anos no mercado de Ribeirão Preto, comemora os resultados financeiros obtidos no ano passado e anuncia estudos para novos empreendimentos habitacionais em Ribeirão Preto até 2006. Um desses empreendimentos pode ser um condomínio voltado para classe média da população, nos moldes do Villa Flora, lançado em Sumaré, região de Campinas, que recebeu menção inclusive no Banco mundial. Os outros empreendimentos são voltados para a classe A.
Há dois anos, a empresa, especializada em investimentos para o público de baixa renda, redirecionou o foco de mercado e passou a atuar em imóveis de luxo. “Devido às dificuldades de linhas de financiamento de longo prazo para as classes de renda mais baixas da população, tivemos que nos reposicionar no mercado”, justifica Luciana Rossi, diretora da empresa.
O balanço do exercício de 2004, divulgado esta semana, aponta que Ribeirão Preto responde por 25% do faturamento da regional Campinas, a segunda mais importante da empresa, vindo atrás da regional São Paulo, restrita à capital. Outras regionais são Rio de Janeiro e Porto Alegre. “O resultado mostra o potencial da cidade”, comemora o diretor da regional de Campinas, Valdemar Gargantini, que responde por todo o interior do Estado.
Há quatro anos, mais de 80% dos empreendimentos imobiliários da Rossi eram voltados para as classes de renda baixa da população. Com o reposicionamento no mercado, esse nicho encerrou o ano de 2004 com desempenho de 15% do volume total de negócios. No ano passado, o volume de lançamentos foi 32% superior ao exercício anterior. Ao todo, foram lançados 22 empreendimentos com incremento de 10% no número de unidades, em que o preço médio do imóvel apresentou salto de R$ 186.273,00 para R$ ... 223.645,00.
Em Ribeirão Preto, foram três lançamentos em dois anos. “Nenhuma outra cidade teve tantos lançamentos em tão pouco tempo”, explica Valdemar. “Isto se deve ao fato de que a cidade possui clientes bons, que geram recebíveis com qualidade e não geram inadimplência”, explica Luciana. O último lançamento na cidade foi o condomínio Terra Brasilis, que tem duas fases de 40 unidades cada, totalizando 80 residências com mais de 200 m2 de construção.
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Um dos estudos para investimento na cidade envolve a prefeitura. “Estamos negociando com o novo governo municipal para instalarmos um condomínio para pessoas de menor renda nos moldes do Villa Flora, em Sumaré”, explica Valdemar. Segundo ele, as negociações com o proprietário do terreno estão avançadas e o condomínio terá que se adequar à legislação municipal, daí as negociações com a prefeitura.
O Villa Flora é uma comunidade planejada com 3.3 mil casas para as classes média e média-baixa, construída numa área de 800 mil m2 com infra-estrutura de ruas, estação de tratamento de esgoto, praças e parques, centro comercial, capela, creche, escola, clube e posto policial. Os serviços públicos seriam geridos pela administração municipal.