Pedido foi feito pela Administração para famílias com renda de zero a três mínimos. A Prefeitura de Ribeirão Preto solicitou, ontem, à Caixa Econômica Federal investimentos em mais 2 mil moradias —além das 1,8 mil em construção— para amortizar o deficit em habitação de 20 mil famílias que ganham de zero a três salários mínimos, inscritas no programa Minha casa Minha Vida.
O município recebeu, até agora, investimento de R$ 32 milhões para construir 704 moradias destinadas de famílias com essa renda, no loteamento Jardim José Wilson Toni, na Zona Norte. Do total, 50% (352 apartamentos) serão destinadas à moradores que habitam áreas de risco e a outra metade será submetida à sorteio público.
O investimento feito no loteamento atende 1,7% das 20 mil famílias carentes que precisam de moradia e vivem em áreas como as Favelas do Tanquinho e Vila Eliza, na região Norte de Ribeirão. Para suprir a necessidade dessa população, que vive com salários entre zero e três salários mínimo, seria necessário a construção de mais 56 empreendimentos idênticos aos apartamentos feitos no Wilson Toni.
O presidente da Companhia Habitacional de Ribeirão Preto (Cohab-RP), Rodrigo Arenas, disse que a cidade já cumpriu a meta anual (preconizada pelo Governo Federal) com a construção das 1,8 mil moradias destinadas a famílias carentes, mas que a Prefeitura espera uma nova cota de investimentos ainda neste ano.
"Vamos tentar adquirir os convênios de cidades que não fizeram projetos este ano e não receberam verbas", disse. Segundo a Cohab Ribeirão tem 9 mil casas protocoladas esperando investimentos Federal.
O vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Fontes Hereda, disse que há possibilidade no repasse da verba para a construção das casas é possível, mas não soube precisar o valor que será enviado para o município. "Como trabalhamos com cotas municipais, tenho que avaliar quanto nos sobre e ver o que podemos destinar a Ribeirão." Ontem, Hereda assinou o contrato para a construção de de 312 apartamentos na cidade que beneficiarão famílias com renda até dez salários mínimos. (LC)
O NÚMERO
20 mil Famílias é o deficit habitacional em Ribeirão Preto hoje.