Construção civil continua em desaceleração.
Área licenciada para construção é apenas e tão somente uma expectativa de investimentos. Sim, porque o investidor pode estar interessado em construir. Para tanto, inclusive aprova uma planta no órgão competente do poder público e depois não concretiza a idéia, isto é, não constrói. De qualquer forma, é um dado importante o que vamos analisar a seguir. Referimo-nos à área licenciada para construção nos exercícios de 1998 a 2005 (primeiro semestre, isto é, de janeiro a junho).
Os números são do município de Ribeirão Preto apenas. A área licenciada é expressa em metros quadrados abrangendo todas as modalidades de construção, isto é, residências térreas, sobrados, edifícios com três pavimentos ou menos (vale dizer: os que não necessitam de ter elevador), reformas e ampliações, galpões para indústria, salões comerciais, edifícios altos (com no mínimo quatro pavimentos) etc.
O setor da construção civil tem importância singular nos quadros da economia regional. É consenso que ele ainda é o primeiro em termos de geração de empregos e o segundo quando se fala em geração de renda, superado apenas pelo setor cana (açúcar, álcool, bagaço, vinhoto).
Quando analisamos a importância social da construção civil, verificamos que os números oficiais geralmente não traduzem a realidade. A verdade é que boa parte dos que atuam no setor o faz na informalidade. São profissionais autônomos não raro trabalhando por conta própria mas que não estão registrados em órgão público nenhum. Não obstante, tiram daí seu sustento.
Também não está sendo analisado no setor da construção civil, foco de hoje, o segmento de obras públicas. Muitas vezes ele chega a ser até maior do que obras particulares. Apenas este, o de obras particulares, é objeto das considerações presentes.
Ribeirão Preto – obras particulares
ano área licenciada - m2
1998 761.913
1999 529.138
2000 608.301
2001 552.810
2002 415.744
2003 413.280
2004 385.709
2005 305.628
Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto