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Deflação do IGP-M abre espaço para redução do aluguel

Rio de Janeiro - A deflação de 0,67% acumulada pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) nos últimos 12 meses torna o ambiente favorável aos inquilinos que estão negociando correção do aluguel. Segundo agentes do mercado imobiliário, a tendência é de que o valor pago mensalmente caia ou permaneça estável. O IGP-M é o principal indicador fixado em contrato como referência para reajuste de aluguéis.


Segundo Paulo Fabbriani, conselheiro da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), o resultado do IGP-M favorece o inquilino cujo contrato de aluguel está fazendo aniversário. Nesse caso, ele afirma que haverá redução do preço. Porém, Fabbriani ressalta que, se o contrato estiver terminando, as negociações para renová-lo serão mais duras, já que o locador não será obrigado a seguir a variação do índice.


“Se o contrato for de três anos, por exemplo, e esse período estiver acabando agora, haverá uma nova avaliação do valor do imóvel para fixar o aluguel. E provavelmente esse valor será maior, pois a demanda por imóveis cresceu muito nos últimos anos e, mesmo na crise, manteve-se alta”,  explicou.


O diretor de locações da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), Carlos Samuel Freitas, considera que o atual patamar do IGP-M resultará em estabilidade dos preços de aluguel. Segundo ele, a redução da mensalidade vai depender da boa relação do inquilino com o locador e do valor de mercado do imóvel.


Já o presidente da Patrimóvel, Rubem Vasconcelos, acredita que é difícil o inquilino conseguir reduzir seu aluguel, porque a procura por imóveis para alugar continua aquecida.


“A escassez de imóveis não abre espaço para reduções. A tendência é de estabilidade de preços nos contratos que já estão em vigor.”


Paulo Fabbrian, da Ademi, explica que o aluguel está relacionado com os preços do imóvel. E, segundo ele, o valor das unidades novas subiu em média 16% de 2003 a 2008. Dependendo da área, a valorização foi ainda maior: os imóveis comercias que estão sendo lançados agora na Barra estão 186% mais caros do que há três anos atrás, afirma.


Segundo Vasconcelos, o que pode reduzir os preços dos aluguéis é a construção de mais imóveis. Ele acredita que, com os juros baixos, os investimentos em renda-fixa devem migrar para o setor imobiliário, aumentando a oferta de residências e escritórios.

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