É comum, ao observar e analisar um imóvel para ver a possibilidade de adquiri-lo, que o interessado faça a visita durante o dia. Em plena luz do sol. É ótimo que assim seja. Mas não custa, se você tiver interessado em comprar um terreno, uma casa, um salão comercial, um galpão para indústria, um apartamento – enfim, qualquer imóvel urbano – que você ande pela proximidade do imóvel no período noturno.
A visita à noite permitirá você identificar o movimento de pessoas, a iluminação pública, o comportamento dos vizinhos.
Fiquemos com a iluminação pública.
Sabemos que o medo é a melhor segurança. Bandido deve ter medo. Medo da polícia, medo da lei, isto para não falarmos do medo de Deus. Que ele, o bandido, provavelmente não tem. Mas o cidadão de bem também deve ter medo, matéria prima com que se faz cautela.
Agora, a boa cautela manda o interessado em adquirir um imóvel notar a freqüência de pessoas nas proximidades do mesmo imóvel e, sobretudo, a iluminação.
Bandido é espírito de trevas. Ele não gosta de luz. Não é nem de escuridão. É de trevas mesmo. A escuridão é uma. As trevas são muitas.
Iluminação espanta bandido. Quanto mais forte, melhor.
E bandido também não gosta de polícia. Isto quando polícia é polícia. Afinal, foi Lúcio Flávio – o passageiro da agonia - famoso bandido dos anos setenta, que nos disse certa vez que: “bom era o tempo em que bandido era bandido e polícia era polícia”.
Vizinhança, policiamento próximo e, sobretudo iluminação nítida, ostensiva, eis o trinômio a ser analisado no momento da aquisição de qualquer imóvel. Seja imóvel para você morar, seja para investimento. Afinal, quem for locar, como você, gosta de um mínimo de segurança. Aliás, mais do que gosta. Precisa de segurança.
O homem veio para a cidade, dizem os urbanistas, em busca de segurança. É por isso que, atualmente, ele às vezes começa a fazer o caminho de volta.
Antônio Vicente Golfeto