Os interessados na compra de um imóvel financiado com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) terão uma segunda chance para comprovar a capacidade de pagamento. Será por meio das unidades que serão construídas através do programa de apoio à produção imobiliária, que vai liberar crédito direto para as construtoras.
Segundo o vice-presidente de administração de risco da Caixa, Marcos Torres, o candidato a mutuário que tiver seu cadastro rejeitado pelo sistema de avaliação de crédito --chamado de credit score-- poderá ainda conseguir um empréstimo na Caixa.
A segunda chance será dada para os mutuários que pagarem em dia as prestações durante o período de construção do empreendimento.
"Só vai funcionar para os imóveis que tiveram um prazo mínimo de 12 meses de construção. Porque será pela poupança formada nesse período que o mutuário mostrará que tem perfil de bom pagador."
O financiamento dos imóveis construídos por meio do crédito de apoio à produção será feito pelas regras do FGTS. Ou seja, atenderá pessoas com renda máxima mensal de R$ 4.500. A taxa de juros vai variar de 6% a 10,16% ao ano mais TR e o prazo de pagamento poderá chegar a 240 meses.
A diferença é que na fase de construção o mutuário pagará apenas os juros mais TR da prestação. Ou seja, o principal (amortização) só começa a ser pago depois da construção.
"Atendemos aos apelos das construtoras. Muitas diziam que ficava difícil para o mutuário pagar um valor elevado durante a construção, pois tinha de pagar aluguel para morar", afirmou o vice-presidente de desenvolvimento urbano da Caixa, Aser Cortines.
O volume de recursos para a área de habitação e saneamento básico neste ano é de aproximadamente R$ 10 bilhões. Até julho, foram investidos R$ 5,1 bilhões no financiamento dessas duas modalidades.