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Consórcio não tem juros, mas o tempo pode jogar contra

Quem planeja comprar a casa própria mas não pode arcar com os juros cobrados nas linhas de financiamento habitacional pode optar por um tipo de negócio que tem crescido ano a ano no País: o consórcio imobiliário.


Porto Seguro, Remaza, Rodobens, Primo Rossi e Battistella são algumas das grandes administradoras do País que oferecem esse tipo de consórcio. Além disso, alguns bancos, como a Caixa Econômica Federal e o Bradesco, também possuem linhas de consórcio imobiliário.


No sistema de consórcio, o participante paga a cota mensal correspondente ao valor da carta de crédito para a compra do bem, dividido pelo número de meses de duração do grupo. É preciso pagar também por uma taxa de administração, pelo fundo de reserva e pelo seguro.


A correção do valor das cotas é feita, geralmente, pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC) ou pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o valor da carta de crédito raramente é superior a R$ 250 mil. Na maior parte dos casos, é possível usar o FGTS como parte do pagamento - para dar um lance, por exemplo.


A grande vantagem desse tipo de negócio é o fato de que, no consórcio, o consumidor não precisa pagar juros. O maior problema, porém, é o tempo: se não for contemplado logo no início e não tiver condições de dar um bom lance, o consorciado pode ter de esperar até dez anos (no geral, o tempo máximo de duração dos grupos) para conseguir a carta de crédito. Outro risco é o de que haja inadimplência no grupo. Nesse caso, se não houver um seguro específico, a cota do devedor tem de ser rateada entre os que estão em dia.
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